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Philips 330 – Para «vaidosos»

O fabricante holandês apresenta-nos o seu primeiro terminal em formato de concha. E contrariamente ao que seria de esperar, tal honra não coube a um terminal de gama alta, mas sim a um de gama de entrada.

Desta feita, a Philips apresenta-nos o seu primeiro terminal em formato de concha. E contrariamente ao que seria de esperar, tal honra não coube a um terminal de gama alta, mas sim a um de gama de entrada. Actualmente, o Philips 330 é um dos terminais em forma de “concha” mais baratos que podemos encontrar no mercado europeu.

Sendo realistas e apesar de que os terminais com grande quantidade de funcionalidades sejam – subjectivamente – muito atractivos, o certo é que a verdadeira concorrência entre os fabricantes ocorre num segmento de mercado mais modesto. O que a maioria dos utilizadores procura é um telefone que ofereça uma boa qualidade de chamada, com boa captação de rede, tudo a um preço o mais acessível que se possa encontrar.

Para além, não se pode ignorar o facto de na página oficial a Philips começar o texto de informação sobre o 330 com a frase “Esguio, elegante e com muitas características, o novo Philips 330 é o telefone perfeito para a sua originalidade – Seja Vaidoso! “.

Este terminal é justamente aquilo que oferece, boas prestações por um preço relativamente baixo. O software é muito semelhante ao que equipa o Fisio 625 da mesma marca, mas os materiais com os quais o telefone foi fabricado não o são. Com grande facilidade as impressões digitais aparecem marcadas na capa do terminal, já que a mesma é composta por um plástico brilhante.

Primeiro contacto

Aquilo que nos chamou à atenção ao receber a primeira chamada foi a sensação de fragilidade do telefone ao colocar o auscultador na orelha. Possivelmente devido ao facto de estarmos acostumados aos telefones ditos “normais”, pois não voltámos a experimentar tal sensação outra vez.

O altifalante situa-se na parte frontal da capa. Na parte superior da mesma encontra-se o indicador luminoso, cujas luzes se acendem quando se recebe una chamada. Mas este não é o único indicador luminoso que equipa o 330. Um “cinto” de luz branca atravessa todo o contorno do terminal.

A verdade é que este terminal impressiona quando é visto pela primeira vez. Tem um formato refinado, próprio dos telefones de gama mais alta. Mas quando se pega no terminal a combinação de plástico prateado e teclas brilhantes o mesmo perde algum do seu enquanto inicial. Para além disso as teclas são pequenas e, por vezes, é difícil acertar na tecla correcta.

Iluminação

Como já referimos, a iluminação tem um papel bastante importante no que diz respeito ao aspecto atraente deste terminal. Não obstante, as teclas alfanuméricas não dispõem da mesma intensidade luminosa que as teclas de navegação, situadas na parte superior do teclado. Em situações de luminosidade reduzida, existe uma certa dificuldade em ver os símbolos gravados nas teclas.

Outro pequeno defeito que encontrámos no manuseamento do Philips 330 prende-se com a abertura do mesmo, na qual a luz se acendia com um ou dois segundos de atraso e inicialmente não iluminava com a mesma intensidade com o fazia momentos depois. Lembrou-nos uma lâmpada fluorescente. Não percebemos se este “efeito” é normal ou simplesmente um problema do terminal que nos foi facultado.

Descobrindo o terminal

Outro pormenor: o único meio de retroceder na navegação através do menu é premindo a tecla C, uma vez que a tecla de acender/apagar não têm outra funcionalidade do que aquela referida.

O Philips 330 está equipado com um ecrã em tons de cinzento, iluminado em branco, com capacidade para mostrar oito linhas de texto, e onde os caracteres são bastante visíveis. Quando o telefone está activo, surge uma luz à volta do ecrã, o que não é muito comum.

Apesar de contar com um ecrã que usa apenas tons de cinzentos, o 330 possui a funcionalidade denominada FotoCall, ou seja, é possível associar uma foto a um número de telefone, que aparece no visor quando recebe uma chamada da dita pessoa.

Uma bateria li-ion de 600 mAh equipa o terminal que, segundo o fabricante, tem uma autonomia de 400 horas em espera e cerca de quatro horas e meia em conversação. Na práctica, a autonomia é bastante mais reduzida, oferecendo uma autonomia real de aproximadamente quatro dias numa utilização regular.

O menu principal segue a tradição mais recente da Philips em geral e da série Fisio em particular, ou seja, está organizado em formato de “carrossel”. Para além disso, na zona das teclas de navegação possui duas que são especiais. Uma de acesso directo à lista de melodias existentes na memória do telefone, a outra de acesso à lista de contactos guardados no cartão SIM.

A vocação de telefone jovem manifesta-se através da iluminação variada, sobre a qual já falámos e principalmente nas melodias polifónicas (32 de série) que transformam o Philips 330 numa autêntica orquestra cada vez que se recebe uma chamada. Aliás, este facto estende-se a todos os telemóveis com toques polifónicos.

Apesar de não sustentar GPRS, tem capacidade para suportar 2 caixas de correio electrónico com servidor POP3 e SMTP, mas está limitado a mensagens com um tamanho máximo de 7KB. Também não é possível visualizar um arquivo anexo sem ser em formato .jpg.

A agenda permite guardar até 300 entradas entre ocorrências semanais e mensais. 300 é o mesmo número de contactos que a memoria consegue armazenar neste Philips. Outros extras são uma calculadora e um único jogo, o “Brick”.

Opinião

Para ser um telefone concebido para se “ser vaidoso” não está mal de todo. À falta de solidez de materiais, apresenta um software bastante interessante. A falta de GPRS “só” será notada por todos aqueles utilizadores que pretendam levar um telemóvel ao limiar das capacidades tecnológicas actualmente disponíveis no mercado, e que não vão de certeza procurá-las no Philips 330

Cremos que o Philips 330 não é uma má compra. Boas prestações, boas funcionalidades e um bom preço são as suas mais-valias.