Porque é que o sucesso do Nokia Asha 501 é o do Facebook
Porque os telemóveis baratos não exibem publicidade do Facebook da forma que a rede social de Mark Zuckerberg desejaria. Mas isso pode mudar.
- Lauro Lopes
- 09/05/2013
- Facebook, Social Media
É bastante possível que o Nokia Asha 501 seja um telemóvel bem mais interessante do que o próximo topo-de-gama da fabricante finlandesa, o Nokia Lumia 928. É que o Asha 501 oferece muito por muito pouco, o que se poderia revelar uma mais valia em mercados emergentes.
Com um preço recomendado inferior a 100 euros, as hipóteses que a Nokia tem de capturar o segmento dos telemóveis de baixa gama aumentaram exponencialmente a partir do momento em que ofereceu funcionalidades que só conseguíamos encontrar em smartphones.
Os objectivos de Stephen Elop para esta nova gama de telemóveis Nokia Asha também são ambiciosos: vender 100 milhões de unidades destes telemóveis ao longo dos próximos anos. O potencial para atingir esses objectivos está lá se tivermos em conta que:
a) O Nokia Asha 501 é um telemóvel bastante acessível;
b) O design do Nokia Asha 501 é bastante elegante e apelativo dentro do segmento em que concorre, sendo comparável à estética da gama de smartphones Lumia da empresa;
c) A qualidade da construção destes telemóveis é bastante acima da média;
d) A autonomia de bateria, em conjunto com as funcionalidades que oferece, pode atingir os 26 dias de standby;
e) A Nokia pretende apostar na criação de aplicações para esta gama de dispositivos;
Interessa sublinhar que o Nokia Asha 501 também inclui tráfego de dados gratuito para uso exclusivo do Facebook, de acordo com alguns acordos entre a rede social de Mark Zuckerberg e alguns operadores de telecomunicações por todo o mundo.
E os mercados emergentes aparentemente têm um fraquinho pelo Facebook. Países como o Brasil ou a Índia, por exemplo, são os maiores mercados da rede social depois dos EUA.
A aquisição dos telemóveis da Nokia pode abrir portas para facilitar o acesso ao Facebook de milhões de potenciais novos utilizadores que, de outra forma, não estariam online.
A Airtel, por exemplo, é um operador de telecomunicações com o qual a Nokia e o Facebook têm acordos estabelecidos – e é um operador com cerca de 270 milhões de clientes, os quais poderão usufruir de acesso gratuito ao Facebook, em mais de 20 países.
Por outro lado, um telemóvel melhor permite usufruir de uma experiência melhor, além de permitir ao Facebook distribuir publicidade de uma forma mais eficiente.
É que os mercados emergentes constituem uma percentagem significativa de utilizadores da rede social, mas os lucros gerados nestes territórios constituem apenas um quinto das receitas do Facebook. E o motivo são os telemóveis de baixa gama, que o Nokia Asha 501 vem combater.
Porque não haveria o Facebook de optimizar esta área, especialmente se não se encontra satisfeito com a mesma? Poderia o Nokia Asha 501 mudar este cenário? O que acham vocês? Deixem-nos a vossa opinião!