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Portugueses que acedem à rede em casa quase duplicaram num ano

Só 5 por cento da população portuguesa ainda não ouviu falar na Internet.

Quase metade dos portugueses com computador em casa têm acesso à Internet no domicílio (20,4 por cento), valor que praticamente duplicou no espaço de um ano, mostra um estudo da Marktest divulgado hoje. Segundo dados recolhidos pela empresa, apenas 11,3 por cento dos inquiridos tinham acesso à rede em casa no primeiro trimestre de 2000. A adesão dos portugueses às novas tecnologias é também comprovada pela taxa de compradores on line, que, apesar de permanecer residual, praticamente duplicou no espaço de um ano (1,6 por cento no primeiro trimestre de 2000 contra 3,3 no período homólogo de 2001). De acordo com o Bareme Internet, 41,6 por cento dos portugueses têm computador em casa, enquanto que o acesso à Internet a partir do domicílio se situa nos 20,4 por cento. Mesmo assim, 36,5 por cento dos inquiridos afirmam ter acesso à rede (12,9 no local de trabalho e 9,1 na escola ou universidade). Apesar da popularidade que a rede regista – só 5 por cento da população portuguesa ainda não ouviu falar na Internet, 15,3 por cento dos inquiridos têm acesso, mas não a utilizam. Mais, 7 por cento dos inquiridos têm Internet em casa mas não a utilizam. As razões apontadas para a não utilização repartem-se pela falta de interesse (2,3 por cento), inexistência de necessidade da sua utilização (4,2) ou falta de tempo (2,2). O estudo refere-se ao primeiro trimestre, Janeiro/Março de 2001, e reporta-se a um universo representativo superior a 7 mil indivíduos com 15 anos ou mais, residentes em Portugal Continental. A percentagem dos que se afirmam utilizadores de Internet, relativamente ao período homólogo do ano passado, registou um aumento de quase sete pontos percentuais (21,2 por cento em 2001 contra 14,8 por cento em 2000). Estes utilizadores acedem à rede maioritariamente a partir de casa (65,1 por cento), e só depois no local de trabalho (36,9 por cento). O correio electrónico é a funcionalidade mais pretendida por quem acede (16,6 por cento), mas 13,7 por cento de inquiridos indicaram a utilização da Internet para actividades de divertimento. Cerca de 12,3 por cento recorrem à Internet para formação profissional e 11,4 para obterem notícias. Os produtos mais adquiridos através da Internet são livros (1,2 por cento), mas 5,4 por cento dos entrevistados revelam desconfiança ou receio em adquirir produtos on line. Talvez por isso, a modalidade de pagamento preferida seja contra entrega (1,7 por cento). Reduzindo o universo apenas aos indivíduos que costumam utilizar a Internet, uma larga maioria (63,2 por cento) prefere fazê-lo a partir de casa, uma ligação que em 37,1 por cento dos casos existe há mais de 12 meses. Grande parte dos cibernautas nacionais (36 por cento) dedica apenas entre meia a uma hora do seu tempo a navegar pelo mundo do www. Os hábitos de leitura, ainda que on line, também têm aumentado, de acordo com os dados da Marktest, que situa em 43,8 por cento a percentagem de utilizadores de Internet que lêem jornais ou revistas neste formato. Em período homólogo de 2000, o número de leitores on line era de 34,9 por cento. Apesar deste crescimento, 31,2 por cento continuam a ler os mesmo jornais diários portugueses em papel, um valor que até cresceu relativamente ao trimestre passado (26,5 por cento, entre Setembro e Dezembro de 2000). As áreas mais consultadas pelos cibernautas são as notícias (54,5 por cento dos utilizadores de Internet), música (49,6 por cento), cultura (41,4) e desporto (36,1).