Pouco interesse no UMTS
Os restantes inquiridos mostram-se renitentes quanto à relação benefícios/custos que o UMTS irá significar. No entanto, Paul Collins, director da A.T. Kearney, que liderou o estudo para a Mobinet, escreveu nas conclusões da pesquisa que uma campanha educativa, aliada ao serviço de conteúdos creativos e a um preço justo, poderia inverter rapidamente a tendência de descrédito em que a 3G caiu.
Nos seis meses anteriores ao estudo, a margem de inquiridos que apontavam os custos como o factor que iria determinar a sua adesão ao UMTS era bem maior do que aquela que mais tarde foi registada, assim como a fatia daqueles que se consideram baralhados em relação a tudo o que se diz sobre este novo sistema de comunicações móveis.
Mas o preço vem sempre à frente de qualquer argumento. É que 80% dos actuais utilizadores de internet móvel confessam que não estão mais tempo online, precisamente por causa das tarifas cobradas pelas operadoras. A velocidade de acesso é, agora, a segunda razão pela qual não há mais utilizadores de internet via telemóvel, igualmente com números preocupantes (66%).
Em relação às vantagens do UMTS, a principal, apontada por 45% dos inquiridos, tem a ver com os desempenhos nas velocidade de acesso à internet que se conseguem através das redes móveis. Em segundo lugar (34%) foi apontado o facto de se poder começar a trabalhar com imagem (videofonia e envio e recepção de imagens) e em terceiro (21%) o facto de se poder fazer a descarga de músicas, tal como na internet.
O estudo foi feito em 15 países europeus e não europeus a seis mil utilizadores de telemóveis. Será repetido duas vezes por ano e continuará a ser liderado pela empresa de consultoria A.T. Kearney, subsidiária da EDS, instituto que integra a Escola de Admnistração da Universidade de Cambridge.