Prisão com bloqueador de telemóveis

Uma prisão do estado de São Paulo será a primeira do Brasil a ter um bloqueador de telemóveis no seu interior.

A prisão estadual de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo e que será inaugurada na terça-feira, terá um bloqueador de telemóveis. O objectivo é travar a criminalidade gerida a partir das próprias prisões, onde os líderes dos grupos passam informações e dão ordens para o exterior a partir de telemóveis.

Aliás, segundo uma investigação feita pelo ministério da Justiça brasileiro, foi precisamente por telemóvel que a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) comandou o maior motim prisional da história do país, no ano passado, onde os presos de 29 cadeias brasileiras se revoltaram em simultâneo.

Os números do estado paulista não podiam ser mais assustadores: cerca de 50% da população prisional do Brasil está em São Paulo, o que é traduzido por uma actuação mais eficaz das forças policiais e, consequentemente, por um maior número de detenções.

Dentro de oito meses, São Paulo terá mais seis mil vagas prisionais dentro dos mesmos padrões de construção. Esta medida é, sem dúvida, benéfica no combate à criminalidade, a juntar à obrigatoriedade de registo dos telemóveis pré-pagos, em vigor no estado de São Paulo há mais de um mês.