PRISM: as declarações da Google e do Facebook foram ‘enganadoras’

Edward Snowden afirmou que as declarações de empresas como a Google, Apple e Facebook, em relação ao escândalo PRISM, eram ‘tecnicamente verdadeiras’ mas ‘enganadoras’.

Edward Snowden deixou de ser anónimo quando acusou a Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA) de ter acesso directo aos servidores de gigantes da Internet como a Google, Apple, Facebook e Microsoft, entre outros nomes.

Nomes como a Google, a Apple ou o Facebook já terão vindo a público desmentir essas acusações, complementando as suas declarações com descrições relativamente detalhadas dos procedimentos que tomam quando o governo dos EUA solicita informações sobre os seus utilizadores.

PRISM: as declarações da Google e do Facebook foram 'enganadoras'

Edward Snowden

Snowden, contudo, não parece ter mudado de opinião e continua crente de que a NSA mantém ‘acesso directo‘ aos servidores das gigantes tecnológicas. Em relação aos comunicados efectuados pelas empresas, que desmentiram as acusações, Snowden classificou-os, durante uma sessão online de perguntas e respostas promovida pelo The Guardian, como sendo ‘tecnicamente verdadeiros‘ mas também ‘enganadores‘.

Para Snowden, enquanto que empresas como a Google podem mostrar-se hesitantes em divulgar detalhes acerca da sua relação com a NSA, ‘isso não os livra da obrigação ética [de o fazerem]’.

PRISM: as declarações da Google e do Facebook foram 'enganadoras'

Por outras palavras, também segundo o VentureBeat, uma das questões para as quais Snowden parece querer chamar a atenção vai ao encontro daquilo que muitos utilizadores também parecem ter defendido desde que esta questão surgiu inicialmente: que as empresas tecnológicas podem e devem dar a conhecer abusos por parte de entidades governamentais.

Qual é a vossa opinião em relação à recente divulgação do programa secreto PRISM? Acham que a segurança deve ocupar uma posição de maior destaque do que a privacidade? Digam-nos o que acham!