PRISM: ‘nós não estamos a espiar e-mails’, diz Barack Obama
Em visita à capital da Alemanha, Obama teceu alguns comentários onde defende um ‘equilíbrio’ entre vigilância na Internet e privacidade.
- Lauro Lopes
- 19/06/2013
- Internet, Tecnologia
O Presidente dos EUA está de visita a Berlim, capital alemã, onde terá sido anfitrião, em conjunto com Angela Merkel, de uma conferência de imprensa onde terão sido abordados assuntos como a privacidade online, onde Barack Obama se terá manifestado a favor da vigilância na Internet.
O Presidente garantiu, contudo, que os EUA não andam a espiar os e-mails dos cidadãos e que o país terá conseguido um ponto de equilíbrio entre a recolha de informação e as liberdades cívicas dos cidadãos, segundo avançou o Público online.
A Alemanha, tal como a maioria da União Europeia, é um território onde as políticas de privacidade online são tidas em conta: recordamos o passado recente da Google, uma das empresas envolvidas no escândalo PRISM, que foi sancionada em 145 mil euros e acusada de violação de privacidade por ter recolhido dados para o seu serviço Street View.
Angela Merkel parece não se opor à supervisão da actividade online por parte de entidades governamentais, embora defenda limites para tal: ‘deixei claro que, ainda que vejamos a necessidade de recolha de informação, a questão da proporcionalidade é sempre importante e a ordem democrática livre é baseada nop facto de as pessoas se sentirem seguras‘, citada na Reuters.
Estas declarações vêm à luz após ter sido divulgado recentemente o PRISM, um programa secreto norte-americano que alegadamente têm acesso directo aos servidores das maiores empresas tecnológicas do mundo, nas quais se situam o Facebook, a Apple e a Google, entre outras. Steve Wozniak, co-fundador da Apple, terá inclusive comparado o PRISM à antiga Rússia Comunista.