A OPA (Oferta Pública de Aquisição) feita pela Sonae sobre a PT «não estabelece uma estratégia, uma visão de longo prazo para o grupo PT», condenou Miguel Horta e Costa, afirmando também que o grupo que gere vale mais do que o oferecido por Belmiro de Azevedo.
Entretanto, foi lançado um grande folclore em torno da expressão OPA hostil. De um lado, a PT alimenta a situação e aproveita para carregar na carga negativa do termo, salientando que a OPA é «não solicitada e, portanto, hostil». Do outro, Belmiro de Azevedo respondeu na mesma moeda e veio dizer que não é hostil pois visa reforçar o controlo da PT por mãos portuguesas e introduzir melhores condições no mercado.
Seja como for, a OPA é hostil. Não por uns dizerem que sim e outros dizerem que não, nem sequer por não ter agradado aos accionistas da PT. Simplesmente, por razões técnicas: uma OPA não negociada previamente chama-se hostil, mesmo que venha a agradar aos accionistas da empresa visada. O resto é – ou pelo menos parece – folclore.
