Os utilizadores de telemóveis nas Filipinas devem ter pensado “até ao Presidente da República nos vamos queixar se não nos devolverem as mensagens gratuitas a que temos direito”. E se assim o pensaram, mais depressa o fizeram. A presidente Gloria Macapagal-Arroyo já recebeu a carta da queixa.
A vontade do povo é terrível. O Telemoveis.com já tinha noticiado a decisão de um tribunal filipino em reduzir o número de mensagens gratuitas (SMC) que os utilizadores de telemóveis tinham direito. Os operadores queixaram-se de um exagerado volume de SMC por dia (um milhão), cujo sistema não suportava.
A Liga Democrática de Telecomunicações (grupo de pressão dos utilizadores de telecomunicações filipino) não se deu por vencido com a decisão do tribunal. Considerou que estavam a vilipendiar os direitos dos consumidores e avançou com uma queixa à presidente da República das Filipinas, Gloria Arroyo. A senhora, que deve ter mais que fazer do que determinar o número de mensagens escritas a que os seus cidadãos têm direito, tem agora na sua mesa uma carta de queixa, à qual terá de dar seguimento.
O conteúdo da carta condena a Comissão Nacional de Telecomunicações, por não provimento aos interesses dos consumidores, “em clara protecção ao colossal império desse gigante da indústria, que é a do sector das telecomunicações”. E ainda acrescentam o seguinte: “por isso Senhora Presidente, nos dirigimos a si como última esperança para assegurar os direitos dos consumidores filipinos”. Tudo por causa de mensagens escritas de telemóveis.