Quick Time Ericsson
A Apple deu o golpe de misericórdia na Microsoft e, simultaneamente, na concorrente AOL. Enquanto dura a batalha entre o Windows Media Player e o Real Audio Player como leitor multimédia líder na internet, a Apple antecipou-se na jogada e deu um passo mais à frente que os seus concorrentes.
Assim, e apostando no que poderá muito bem ser o futuro da internet em termos pessoais, a Apple vai disponibilizar o Quick Time para os telemóveis da Ericsson, em parceira com a Sun Microsystems como plataforma de suporte à visualização de conteúdos nas comunicações de terceira geração. Apesar de ser para telemóveis da Ericsson, neste caso específico, esta tecnologia desenvolvida pelas empresas norte-americanas envolvidas no projecto, será alargada aos PDA`s e a todos os tipos de dispositivos sem fios.
O mais velho dos leitores multimédia que existe no mercado (ainda há pouco mais de um mês fez 10 anos de vida) conhece agora uma nova fase de afirmação no mercado, aliás, problema que o Quick Time nunca teve na sua década de existência. Digamos que é, apenas, um novo desafio para quem soube muito bem suportar a concorrência no meio e seguir calmamente o seu caminho.
Ao que tudo indica, não há ninguém nesta parceria que não esteja satisfeito. Da parte da Apple, “trabalhar com a Ericsson e com a Sun é o exemplo perfeito de como podemos usar aplicações do conhecimento geral e torná-las em poderosas ferramentas tecnológicas ao serviço dos consumidores, ao mesmo tempo que se conseguem abrir novos mercados de negócio”, explicou Philip Schiller “vice” da Apple.
Quanto à Ericsson “a solução para a entrega de conteúdos poderá abrir novas fontes de receitas para os operadores que disponibilizam aos utilizadores das redes, serviços multimédia de alta qualidade. Esta cooperação com a Apple e a Sun, só vem dar seguimento a essa procura”, comentou Lars Boman, “vice” da Ericsson para os Sistemas de Rádio.
Esta parceria marca, pela primeira vez no mercado dos telemóveis, o anúncio oficial de qual a tecnologia a ser usada pelos telefones celulares como suporte aos conteúdos multimédia nas gerações futuras de telecomunicações móveis. E pode dizer-se que é uma parceira de peso.