Ransomware é software malicioso que bloqueia o acesso a computadores ou ficheiros até ser pago um resgate.
A maior parte do software de ransomware encripta os ficheiros no computador afetado, impossibilitando o seu acesso. Posto isto, os hackers exigem um pagamento de resgate antes de restaurarem o acesso aos ficheiros ou redes de computadores afetados.
O tipo de código contido neste software raramente é sofisticado. No entanto nem precisa de ser, uma vez que não necessita de ser indetetável durante muito tempo para atingir o seu objetivo.
Este caso relativo de implementação versus potencial para grande lucro atrai vários hackers, dos mais sofisticados aos mais novatos.
A maior parte do ransomware é entregue via e-mail, fazendo-se passar por uma comunicação legítima. O e-mail convida-o a clicar num link ou a descarregar um anexo que contém o software malicioso. Algum ransomware é, inclusive, entregue em mensagens nas redes sociais.
Geralmente, o ransomware genérico tem um alvo específico, mas também existem casos em que hackers obtêm uma lista de e-mails ou sites comprometidos e atacam todos os nomes presentes.
Também é possível ser atingido por diferentes ataques, várias vezes, com origem em hackers diferentes. Desta forma, mesmo que o resgate não seja pago, os atacantes têm sempre algo de útil a retirar de um computador ou sistema afetado.
Parta do seguinte princípio: imensos tipos de dados podem ser úteis para estes criminosos, especialmente palavras-passe, nomes de utilizador ou informações de pagamento. Variantes das suas informações pessoais também podem ser bastante lucrativas.
Infelizmente, os métodos que a maior parte das empresas utiliza para se protegerem não foram desenvolvidos ao mesmo ritmo com que a perícia destes ataques evoluiu nos últimos anos. No entanto, há algumas ações que poderá considerar para mitigar este risco e limitar as consequências de um ataque do género:
Em Abril de 2017, a Verizon publicou o 2017 Data Breach Investigations Report (DBIR). Este documento mostra o crescente perigo deste tipo de ataques.
Segundo o FBI, mais de um bilião de dólares foram pagos em 2016 em resgates a este tipo de ataques. Estima-se também que, no mesmo ano, houve uma média de 4,000 ataques de ransomware por dia. Estes picos são verdadeiramente extremos. Mas não são surpresa nenhuma para quem está familiarizado com o meio.
Este tipo de software é extremamente fácil de replicar e distribuir. Adicionalmente, além deste tipo de ataque não representar um grande risco para os hackers, apresenta um grande potencial para lucrar. Assim se tornou um modelo para monetizar malware. Isto, combinado com o fato de grande parte das empresas estarem extremamente mal preparadas para lidarem com este tipo de ameaças, criou uma lacuna de risco que rapidamente está a ser preenchida por ataques do género.
Os perpetradores deste tipo de investidas conhecem bem os seus alvos. Não será incomum fazerem várias ‘campanhas’ ao mesmo tempo.
A vigilância é a chave para o retrocesso deste tipo de ataques. As organizações, empresas e indivíduos nelas contidos devem ser educados para serem vigilantes para evitar perder dados e dinheiro.
Uma abordagem cuidada e polivalente é a melhor forma de melhorarem a sua cibersegurança. Devem implementar algumas das soluções referidas acima, bem como medidas que promovam a monitorização de comportamentos e machine learning. Na mesma nota, todo o tipo de caminhos entre máquinas e sistemas devem ser protegidos para prevenir que o ransomware infete essas redes.
Torna-se também importante salientar: não existe um bilhete dourado para uma proteção imbatível. Todas as empresas sofrem deste tipo de flagelos a algum nível. No entanto, não esquecer que uma aproximação transversal à segurança é basilar. Estamos a falar de defesa profunda – é necessário prevenir, conter e responder de forma a existirem sempre planos para cada caso possível.
Está na hora de fortalecer a sua defesa e opções de recuperação.