A rede de demonstração consistirá na instalação de bases naquelas três cidades e a ligação destas a uma central de comutação de tráfego de comunicações que permitirá a ligação entre todos, explicou Alves Correia no Fórum sobre “Comunicações de Emergência e Segurança” organizado pelo Serviço nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC). As bases instaladas nas três cidades vão, por sua vez, estar ligadas às várias forças e serviços de segurança, que delas poderão fazer uso durante o campeonato europeu de futebol. O assessor do Ministério adiantou ainda que o atraso na implementação do SIRESP, previsto anteriormente para estar operacional no Euro’2004, se tem ficado a dever às negociações com o consórcio, garantindo, contudo, que o processo deverá ficar concluído em 2007. A questão do SIRESP – que tem como principal missão acabar com a multiplicidade de redes através das quais as forças e agentes de segurança e emergência comunicam – foi um dos temas em debate no fórum. Apesar deste sistema ainda não estar pronto, o director técnico do SNBPC, Hélder Sousa e Silva, garantiu que os sistemas de comunicação actualmente existentes conseguem “responder cabalmente às próximas necessidade e desafios que se colocam ao serviço”, nomeadamente o Rock in Rio – Lisboa, Euro2004 e a nova época de incêndios. Este director disse também que depois de detectados os problemas com os incêndios no último Verão, o SNBPC desenvolveu um trabalho de “manutenção e robustecimento” em todas as redes de comunicação existentes. Para testar a funcionalidade dessas redes, vai decorrer no próximo dia 15 deste mês um ensaio, o CIGEX, que pretende sobretudo avaliar a operacionalidade junto dos dez estádios que vão receber o Europeu de Futebol. Neste ensaio vão participar as associações de radioamadores que há cerca de um mês assinaram com o SNBPC um protocolo de colaboração. “Os radioamadores serão a alternativa em caso de colapso das redes”, adiantou Hélder Sousa e Silva. Outra questão abordada no fórum foi a necessidade de reestruturação do Serviço 112, após a detecção de problemas, num trabalho conjunto entre o SNBPC e a DECO. O presidente do Serviço, Paiva Monteiro, afirmou que vai ser criado um grupo de trabalho com todos os intervenientes do serviço 112 para delinear os próximos passos a dar e que deverão passar por uma reorganização territorial e pela racionalização dos meio humanos e materiais. Um aspecto que tem de ser implementado neste serviço, tal como obriga a legislação europeia, é o da localização de chamadas para um socorro mais pronto.