Investigadores da Sociedade Dinamarquesa de Luta contra o Cancro (Kraeftens Bekaempelse) interrogaram 427 pessoas com cancro no cérebro e outras 822 sem esse problema sobre o uso que faziam do telemóvel, com base no registo das comunicações telefónicas. Os resultados indicam que não houve aumento de tumores cerebrais relacionado com a frequência do uso do equipamento.
«Este inquérito mostra claramente que a utilização do telemóvel não aumenta os riscos de contrair cancro no cérebro», afirmou o professor de Medicina Christoffer Johansen, que dirigiu o estudo dinamarquês.
O docente acrescentou que outro inquérito nórdico, em que a associação dinamarquesa também participou, chegou à mesma conclusão. «É cedo demais para dizer se, a longo prazo, as frequências dos telemóveis, que apareceram na Dinamarca nos anos 80, têm efeitos nocivos sobre o cérebro» – ressalvou – «mas, como há 20 anos não observamos qualquer tendência para riscos acrescidos de tumores cerebrais, é difícil imaginar que o uso do telemóvel constitua um factor essencial de risco de cancro do cérebro».
Não obstante, a associação continua a recomendar às crianças, jovens e adultos o uso de auriculares quando utilizam telemóveis.