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Roaming controlado

Há um novo cartão SIM no mercado que permite controlar os operadores registados quando se está em roaming.

Exemplo disso seria os clientes da Vodafone portuguesa terem como única rede possível no país vizinho a cobertura da sua congénere espanhola, em vez de captar sinal da operadora mais forte. Esta impossibilidade técnica foi ultrapassada pela Bluefish Tecnhologies, que lançou um novo cartão SIM com capacidade de escolha de rede a partir do operador de origem.

Existe uma combinação de números IMSI (International Mobile Subscriber Identity) registados nos respectivos cartões, assim como o Ki (Subscriber Authentication Key) é a base para a identificação dos operadores em todo o mundo. O que os novos cartões SIM desenvolvidos permitem é controlar as redes subscritas quando os clientes estiverem em roaming, isto é, a capacidade de armazenar até 100 diferentes IMSI permite seleccionar um grupo de operadores estrangeiros e assegurar que as mais-valias conseguidas através do roaming não sejam partilhadas com a concorrência, mas fiquem dentro do grupo em que as diversas operadoras estão inseridas.

Deu-se o exemplo da Vodafone, mas poderia falar-se, também, da Optimus e da participação da Orange. Desta forma, os clientes da Orange UK ou da congénere francesa, poderiam vir a Portugal e certificar-se que as chamadas recebidas ou efectuadas seriam através da rede da operadora da Sonae, não tendo que partilhar ganhos dessas comunicações com operadores terceiros, neste caso, externos ao Grupo.

A Bluefish Technologies tornou essa configuração automática, de modo a que não seja necessária a intervenção do utilizador na escolha da rede subscrita. Assim que o aparelho é ligado num país estrangeiro, o sistema faz uma procura do IMSI do operador correspondente ao país em causa. Caso não seja possível ao cartão encontrar uma rede das que possui na lista pré-configurada (este serviço pode vir já configurado pelo operador), o sistema faz um re-start automático para começar uma nova busca.

É uma inovação com privilégios unicamente para os operadores, uma vez que são eles os únicos interessados em “limitar” as escolhas de rede quando os clientes se encontram em roaming. Dos utilizadores, a única exigência é que o serviço seja assegurado, no mínimo, com a qualidade verificada na rede de origem.