Sagem myZ-5

CARACTERÍSTICAS
Ecrã : TFT capaz de 65,536 cores numa resolução de 128 x 160 pixéis (aprox. 40 mm de diagonal).
Dimensões : 85 x 42 x 23 mm para 85 gramas de peso.
Câmara : Sensor CMOS c/ resolução máxima VGA (640×480 pixéis) e zoom digital 2x. Grava vídeo.
Multimédia : Java MIDP-2.0. Suporta toques no formato MP3. Polifónico a 64 tons. C/ alta-voz.
Messaging : SMS, MMS, E-mail do operador via WAP.
Conectividade : Mediante cabo USB (opcional).
Redes : Tribanda GSM c/ GPRS.
Memória : Aprox. 5 MB de memória própria total, dos quais cerca de 3 disponíveis.
Bateria : 650mAH, reclama até 3 horas em conversação e 240 em espera.
Prós: Tamanho reduzido, desenho, preço.
Contras: Ausência de opções de conectividade.
Tecnicamente falando, não há nada de invulgar no Sagem myZ-5 e, no entanto, o modelo consege lograr uma inegável dose de apelo através de um desenho particularmente bem sucedido.
De facto, estamos perante um terminal competente capaz de agradar, mercê do reduzido preço (99 euros, integrado na oferta Vodafone), à faixa de utilizadores para quem toda a pletora imaginativa de pequenas funcionalidades «extra», tendentes à criação de valor mais para quem presta o serviço do que para o utilizador, passa ao lado e para quem um telemóvel continua, no essencial, a servir para isso mesmo: fazer e receber chamadas. Estes gostarão, ainda assim, de saber que podem contar com uma câmara VGA que, acoplada a um ecrã luminoso, com reprodução de até 65,536 cores, os capacita para enviar e receber MMS, mantendo-se minimamente dentro das inclinações do momento.
Tribanda GSM, com GPRS, browser WAP tecnologia Java, o myZ-5 peca quiçá pela parcimónia das opções de conectividade, garantida apenas por um cabo USB, a adquirir opcionalmente pelo utilizador, e que se torna necessário caso este queira tanto transferir ficheiros (como por exemplo as fotos) com o PC como sincronizar com este os contactos do MS Outlook.
Moderno e compacto é a melhor forma de caracterizar o desenho deste telemóvel, disponível apenas num tom: cinzento prateado, conjugado com um profuso uso do castanho-escuro, no contorno do ecrã, na faixa lateral, no fundo do teclado, na metade posterior e na antena.
Constituído por duas metades que deslizam uma sobre a outra, inclui-se, sobre o joypad, à semelhança de outras marcas, como por exemplo, recordamo-nos, do Samsung D-500, uma pequena saliência que torna esta tarefa mais segura mediante a adesão do polegar.
A nível das teclas domina uma retro iluminação azul, cor que cativa o olho e domina igualmente todo o contorno central do joypad (ver foto). Para além das 12 alfanuméricas, acessíveis quando o telefone está estendido, incluem-se, na metade superior, duas para navegar nos menus e outras tantas para ligar e desligar. De resto, nem lateralmente nem nos topos existe qualquer outra tecla ou ficha de ligação, que não seja, na base, a do carregador do alimentador e ou do cabo de dados USB – seguindo uma tendência que já se tornou comum é possível carregar a bateria com este, usando o USB como alimentação.
Como única nota dissonante, mas tolerável para um modelo tão pequeno – 8,5 x 4,22 x 2,3 cm -, temos a antena saliente.
O menu principal é constituído por nove ícones em grelha, personalizados à medida e com aspecto tornado comum pelo operador de cuja oferta faz parte, dando respectivamente acesso às funções: Lazer, Vodafone Live (navegador WAP), Últimas chamadas (registo das últimas 20 recebidas e das últimas 20 efectuadas), Mensagens, Câmara, Os meus itens (gestor de ficheiro), Agenda e Ferramentas, Contactos e Configurações.
A personalização do aspecto do ecrã engloba a imagem de fundo e a escolha do protector de tela bem como do comportamento do modo protecção de energia.
A nível lúdico, são incluídos três jogos Java, Gamelof, três clássicos: o Block Breaker, o já mítico Prince of Pérsia e o New York Nights. Infelizmente trata-se de versões de demonstração, limitadas a apenas 60 segundos e ao primeiro nível, de uso gratuito. Caso veja nisso interesse, cabe ao utilizador ligar-se ao portal da Vodafone para adquirir as versões ilimitadas.
A interface de composição de mensagens, necessariamente assistida a nível da redacção, pelo sistema de escrita predictiva T9, é bastante claro, contemplando as opções esperadas na composição dos slides: inserção de sons e imagens seja dos pré-gravados seja através da aquisição de novos no instante, seja de «cartões de visita» a partir dos contactos da agenda.
Pena é que o cliente de e-mail seja a versão webmail do operador, acessível apenas mediante a ligação WAP.
As aplicações disponíveis para a nível da gestão do tempo incluem: gestor de Tarefas, Despertador, Temporizador, Calendário e Calculadora.
As teclas de direcção do joypad duplicam como teclas de atalho.
A agenda de contactos permite, para cada um, o preenchimento dos campos: Apelido, Primeiro nome, Foto (associação de imagem), três números telefónicos, dois endereços de correio electrónico, endereço URL, Morada, Empresa, Comentário e escolha personalizada de um tom de toque.
No que toca à câmara, o formato das fotos resume-se a dois: VGA e MMS (formato reduzido). Aquando da captura é possível aplicar um passo de zoom (2x), activar o temporizador e alterar a qualidade das fotos entre Alta e Qualidade MMS.
A aquisição de vídeo permite configurar a limitação do tamanho entre Nenhuma e Formato MMS e, à descrição do utilizador, com e sem som.
Já as possibilidades de edição pós-captura são bastantes completas, com a inclusão de software que permite ajustes de saturação, zoom, aplicação de moldura e marcas bem como diverso conjunto de filtros e efeitos (aumentar ou reduzir a nitidez, conversão para tons de cinzento.
Leg: Supra e infra, três conceitos alternativos ao «monobloco»: Sharp 903, SonyEricsson W900i e Sagem myZ-5 lado a lado, abertos.
A superior dimensão dos modelos 3G é evidente.
O Sagem myZ-5 é uma boa aposta para a gama de público a que se destina, vantajosa, na nossa opinião face a outras soluções oferecidas no passado e na mesma gama de preço pela Vodafone, manifestamente «garridas», como foi o caso dos Newgen. Por 99 euros (Vita Light Total), temos um telefone pequeno, bonito, tribanda, com um ecrã satisfatório, perfeitamente capacitado para fazer o que estrito senso se espera de um «telefone». Se a ausência de opções de conectividade e as capacidades limitadas da câmara o não aconselham especialmente para o geek, o profissional das NTI ou para quem pretenda um uso mais intenso como «organizador», é certamente um modelo de eleição para um público mais pragmático e ou despretensioso.