*Imagem: Wilhot.com
Agora parece ter sido de vez. A Samsung anunciou hoje que irá descontinuar o Galaxy Note 7 depois de, nas últimas semanas, terem sido reportados vários episódios associados a baterias explosivas.
A situação, que inicialmente parecia estar sob controlo da Samsung, revelou-se ainda mais caótica para a reputação da marca quando se tornou do conhecimento público que até as unidades de substituição entregues pela empresa apresentavam riscos à segurança dos utilizadores.
O Samsung Galaxy Note 7 foi lançado globalmente a 19 de Agosto deste ano, tendo sido bem acolhido por várias publicações internacionais. Em Portugal chegou a custar 1099€ (versão com 64 GB de armazenamento) em algumas cadeias de retalho.
Não tardou muito até começarem a circular os primeiros relatos. O que inicialmente parecia tratar-se apenas de um problema de sobreaquecimento (nota editorial: francamente comum neste tipo de aparelhos), revelou-se mais tarde ser pior do que isso: relatos de veículos a arder, de utilizadores que foram parar às urgências ou pequenos incêndios iniciados em aviões mancharam o que restava da reputação do telefone.
Imagem: Entravision.com
O passo seguinte obrigou alguns operadores aéreos a proibir o transporte do Samsung Galaxy Note 7 em aviões pertencentes às suas frotas. Por fim, coube à Samsung a iniciativa de mandar recolher 2,5 milhões de unidades do seu smartphone para averiguar as condições de segurança do mesmo.
O problema devia ter ficado resolvido aqui, mas os eventos de hoje provam que não ficou. Pelo contrário.
Depois de terem sido entregues unidades de substituição aos utilizadores prejudicados, começaram a circular novamente relatos de baterias explosivas – desta vez nas unidades de substituição fornecidas pela Samsung. As vendas do Samsung Galaxy Note 7 começaram a ser interrompidas por operadores e cadeias de retalho.
Desta vez não foi apenas a reputação do Galaxy Note 7 a sofrer as consequências; o valor de mercado das acções da Samsung desceu consideravelmente também. O que isto poderá significar a médio/longo prazo ainda é difícil de prever, mas o facto é que abre uma janela de oportunidade para a concorrência se destacar.
