Samsung Galaxy S4 em review no Telemoveis.com
Passámos uma semana com o Samsung Galaxy S4, aquele que é provavelmente o smartphone Android mais desejado e popular da actualidade. Leiam aqui a nossa opinião!
- Lauro Lopes
- 28/06/2013
- Android, Mobile, Samsung
Torna-se difícil formular uma opinião real em relação a um smartphone como o Samsung Galaxy S4 (GT-I9505), especialmente depois de já termos lido incontáveis referências positivas em relação ao mesmo. Realizarmos esta análise serviu para nos apercebermos de que talvez estivéssemos perante um telefone diferente daquele que as nossas expectativas iniciais tinham traçado. Eis as nossas impressões sobre o Samsung Galaxy S4:
O Samsung Galaxy S4 não é para qualquer bolso
O Samsung Galaxy S4 não é um smartphone ao alcance de qualquer um: bloqueado para operador e com 16 GB de espaço de armazenamento (o mínimo disponível) o Galaxy S4 custa acima dos €600, chegando inclusive a namorar valores próximos dos €800 estando desbloqueado. Isto é uma faca de dois gumes, obviamente: valerá a pena o investimento? Poderá um utilizador tirar total proveito deste smartphone e das inúmeras funcionalidades que vai estar a pagar?
O Samsung Galaxy S4 apresenta hardware de sonho
Além do ecrã Full HD (1080p) de 5 polegadas, o Galaxy S4 ainda suporta expansão de memória via microSD (cartões até 64 GB), apresenta 2 GB de RAM que lhe permitem gozar de uma das melhores performances do mercado, traz uma câmara digital superior à do seu antecessor (13 MP, filma em Full HD, software melhorado e mais variedade de modos fotográficos) e um monstruoso processador quad-core de 1.9 GHz.
Ficámos impressionados por dois motivos: o primeiro foi a sua performance. O Samsung Galaxy S4 simplesmente não vacilou em nenhuma ocasião, nem por nenhum motivo se ‘arrastou’. Sempre tecemos algumas críticas ao Android neste sentido: é que, independentemente do seu hardware, o sistema operativo da Google nem sempre se encontra optimizado para o dispositivo que o alberga, o que resulta numa performance mais arrastada do que seria de esperar, inclusive em aparelhos de gamas elevadas.
O segundo foi a sua fantástica autonomia de bateria, uma pequena raridade nos tempos que correm. No espaço de uma semana não carregámos a bateria do Samsung Galaxy S4 mais do que três vezes. Com uma utilização normal, este é um smartphone capaz de durar alguns dias antes de necessitar de um novo recarregamento – e isto é fantástico se tivermos em conta que utilizámos sempre este smartphone com o brilho de ecrã no máximo, corremos aplicações frequentemente, navegámos na Web, usámos e abusámos da sua câmara de 13 MP.
Opções de Conectividade
O Samsung Galaxy S4 apresenta apenas uma porta microUSB 2.0 para efeitos de carregamento de bateria e transferência de dados entre PC e smartphone. Além disto inclui as já standard entradas para auscultadores (3,5 mm), um microfone para cancelamento de ruído e que nos permite fazer gravações de áudio em estéreo, e os botões físicos de volume situados no lado direito do smartphone. Para podermos aceder às entradas microSIM e microSD, respectivamente, é necessário removermos a cobertura traseira do Galaxy S4.
O Samsung Galaxy S4 é um telefone 4G
O Galaxy S4 suporta 4G LTE e isto significa que com ele podemos navegar a alta velocidade na Web, embora as velocidades não cheguem sequer a atingir 50 Mbps.
O Samsung Galaxy S4 é mais do que um smartphone, é também uma unidade portátil para consumo de multimédia
O ecrã do Samsung Galaxy S4 é simplesmente fantástico para usufruir de conteúdos Full HD e navegar na Web. Garantidamente quem não é fã de ver filmes no smartphone ainda não teve a oportunidade de ver o ecrã Full HD do Galaxy S4 em acção. Mas não é só de HD que vive este smartphone: as suas cinco polegadas fazem dele um e-reader excelente, especialmente se tivermos em conta a aposta em conteúdos que a Samsung tem vindo a fazer no seu Hub. Os utilizadores mais desastrados poderão ainda gostar de saber que este ecrã conta com a presença do Gorilla Glass 3, ultra-resistente e capaz de o tornar um pouco menos menos vulnerável em situações de acidente.
Falemos de pormenores: mais do que observar-nos, o Samsung Galaxy S4 segue-nos o olhar. Literalmente. São pormenores tão subtis mas que realmente fazem toda a diferença na sua experiência de utilização. Quando estamos a ver um filme e alguma distracção nos faz desviar o olhar, por exemplo, o Samsung Galaxy S4 pausa imediatamente o vídeo que estivermos a ver, apenas para retomá-lo automaticamente assim que centramos o olhar novamente no seu ecrã.
Por outro lado, navegar na Web sem necessidade de usarmos os dedos para fazer scroll up/down ganhou outro sentido – basta descermos com os olhos a página que estivermos a ver para a mesma nos acompanhar. Só que estas funcionalidades ainda necessitam de ser aperfeiçoadas para nos deixarem realmente boquiabertos – em situações de pouca luminosidade, por exemplo, nem sempre o sensor do Galaxy S4 conseguiu detectar-nos os olhos. A posição em que o telefone está face a nós também pode influenciar a sua detecção e, por conseguinte, a sua eficácia.
Com o Samsung Galaxy S4 demos por nós a usar e abusar da sua câmara digital
A experiência fotográfica que o Galaxy S4 nos proporciona consegue superar a do seu antecessor. Não é só por apresentar um sensor de 13 MP em comparação aos 8 MP do Galaxy S3 – a ideia com que ficámos foi de que a câmara digital foi mesmo tomada em consideração como sendo uma das funcionalidades mais importantes e utilizadas num smartphone. As fotografias apresentam detalhes e contrastes superiores às do Galaxy S3, o que se deve à maior capacidade do seu sensor, mas também a introdução de novos modos de fotografia, em conjunção com um software de câmara optimizado. Por outras palavras, a Samsung removeu alguns inconvenientes da sua experiência de câmara fotográfica, e isto significa que vamos dar por nós a tirar fotografias com muito mais frequência.
Algumas das novas funcionalidades incluem, a título meramente ilustrativo, um modo chamado ‘Som e Captura’, que nos permite associar um pequeno clip de áudio a uma das fotografias que tenhamos acabado de tirar.
O Samsung Galaxy S4 faz parte da elite do Android 4.2.2
Pode parecer insignificante, mas não é qualquer smartphone que já traz a versão 4.2.2 do Android instalada de origem. De facto, o Samsung Galaxy S4 faz parte de um leque muito restricto de dispositivos com este software – em todo o ecossistema Android, onde o Gingerbread (2.3) ainda é a versão mais popular do sistema operativo da Google, o Android 4.2 Jelly Bean equivale a menos de 5% da fatia global do ‘bolo’. E isto tem as suas vantagens: a performance está optimizada para o hardware do aparelho; a segurança foi reforçada; o leque de aplicações disponíveis é o mais vasto possível.
A performance fantástica do Galaxy S4 deve-se a dois motivos: ao software optimizado e à sua combinação com hardware topo-de-gama. Verdade seja dita, nós não utilizámos quase nenhuma das aplicações pré-instaladas pela Samsung no seu smartphone, e reconhecemos perfeitamente que muitas das funcionalidades que o caracterizam se devem à sua presença. Mas não pudemos deixar de nos sentir algo desiludidos ao ter recebido uma versão de 16 GB para teste que na realidade disponibiliza só 8 GB ao utilizador.
Também não pudemos deixar de nos sentir divididos pela barra de notificações: é que os atalhos são tantos que simplesmente não conseguimos imaginar ninguém a utilizá-los todos. Mas é um facto que poupam ao utilizador a necessidade de partir em busca deles por entre as diversas camadas do Android. E talvez a Samsung se tenha valido da velha máxima de que ‘mais vale ter e não precisar do que precisar e não ter’.
Mas há mais algumas vantagens em correr a versão mais actual possível do Android. Uma delas é a presença de widgets no ecrã de bloqueio do Samsung Galaxy S4, mas também a presença de um teclado quase swype – ou seja, que além de nos permitir pressionar as ‘teclas’ também nos deixa arrastar o dedo de letra para letra. A performance do Galaxy S4, em termos de multitasking, também nos pareceu realmente boa – não notámos impacto na sua performance enquanto estivemos a escrever SMS num ecrã e a ver vídeos no outro (correr duas aplicações em ecrãs divididos é uma das nossas actuais funcionalidades favoritas).
Não deixa de ser interessante observar que a Samsung parece ter-se mantido relativamente fiel à estrutura básica do SO da Google, salvo excepções para a sua estética – não pudemos deixar de sentir, enquanto navegávamos pelos ecrãs principais do Galaxy S4, que o seu aspecto se assemelhava e muito ao de uma revista digital.
O Samsung Galaxy S4 é mais bonito que o Samsung Galaxy S3
A primeira impressão que tivemos foi de dúvida: como é que o Samsung Galaxy S4 se revelou, afinal, bem menos parecido com o Samsung Galaxy S3 do que julgáramos? E mais: como é que, apresentando um ecrã maior, tem exactamente o mesmo tamanho que o seu antecessor?
Há realmente uma linha de design comum em ambos os aparelhos, mas temos que dar o braço a torcer: o Samsung Galaxy S4 apresenta um design melhorado, embora não tão óbvio sob uma primeira vista mais superficial. O Samsung Galaxy S4 não só sabe aproveitar melhor o espaço em ecrã (Full HD, com 5 polegadas), como também refinou o look ‘abrutalhado’ do seu antecessor para um aspecto que nos atrevemos a classificar como sendo mais elegante e sofisticado – é mais recto e menos arredondado, inclusive na presença de arestas metálicas e nos cantos menos arredondados que no Galaxy S3.
Não, não é um HTC One ou um iPhone 5, mas o Galaxy S4 também não é tão horrível esteticamente quanto o pintam e apresenta um corpo de plástico ultra-resistente – à base de policarbonato – que contribui para o tornar num smartphone relativamente mais leve que concorrentes com corpos à base de metal. Isto pode ser benéfico para alguns utilizadores, já que tornam o Galaxy S4 mais leve que os seus concorrentes mas igualmente resistente.