Samsung Galaxy Tab 2 10.1 review
O Samsung Galaxy Tab 2 10.1 é um daqueles tablets que vamos querer utilizar frequentemente em casa, mas que não vamos querer levar connosco para todo o lado.
- Lauro Lopes
- 24/01/2013
- Android, Mobile, Samsung
Samsung Galaxy Tab 2 10.1: O Samsung Galaxy Tab 2 10.1 é melhor que o Galaxy Tab 2 7.0 em alguns aspectos, mas no geral poderíamos considerar estes dois tablets como estando bastante proporcionais. O Galaxy Tab 2 10.1 oferece um ecrã melhor e maior, embora com uma densidade de píxeis menor que a do seu ‘irmãozinho’, e revela-se bastante interessante quando o assunto é consumir multimédia e navegar na Web. Contudo, o processador dual-core de 1 GHz poderá sobrecarregar mais do que na versão de 7 polegadas do Galaxy Tab, especialmente quando estivermos a ver filmes em alta definição. O ecrã maior obriga a uma maior capacidade de processamento, logo tem mais impacto nos consumos de bateria.
Samsung Galaxy Tab 2 10.1 Specs
Ecrã 10.1 polegadas TFT com 800 x 1200 píxeis, 149 ppi (menor que no Galaxy Tab 2 7.0); expansão de memória via microSD até 32 GB; 16/32 GB de espaço de armazenamento; 1 GB de RAM; câmara de 3.15 MP (2048 x 1536) com suporte para gravação de vídeos em HD (720p); Android ICS, actualizável para Jelly Bean; processador dual-core de 1 GHz; bateria de 7000 mAh.
Se o ecrã no Samsung Galaxy Tab 2 7.0 nos desiludiu um pouco, bem melhor aspecto ganhou com o Samsung Galaxy Tab 2 10.1. Apesar de não ser o melhor ecrã da fabricante sul-coreana, continua a oferecer uma resolução suficientemente interessante para se tornar convidativa para conteúdos multimédia. A densidade de píxeis, por sua vez, é inferior, inclusive à do seu maior concorrente da altura, o Apple iPad 2.
O Galaxy Tab 2 10.1 está disponível em duas versões – 16 e 32 GB – e suporta expansão de memória via microSD, o que na nossa opinião é sempre uma característica bem vinda, especialmente para utilizadores em constante mobilidade e que não passem sem os seus conteúdos favoritos! A presença da câmara digital aqui é meramente residual – 3.15 MP é uma resolução muito baixa – mas permite ainda gravar vídeos com qualidade HD. Acaba por ser interessante se de facto não tivermos uma ferramenta mais prática à disposição, pois um tablet de 10.1 polegadas definitivamente não seria a nossa primeira opção.
O processador é um Cortex A-9 dual core de 1 GHz – e se a mesma capacidade de processamento garantia uma boa performance ao Galaxy Tab 2 7.0, no caso do 10.1 a situação altera-se um pouco, o que é compreensível. As exigências são maiores, o ecrã também e, por conseguinte, o impacto nos consumos de energia também. Ou seja, há uma tendência ligeiramente maior para em certas situações darmos pelo Samsung Galaxy Tab 2 10.1 a arrastar-se enquanto jogamos ou vemos filmes.
Design do Samsung Galaxy Tab 2 10.1
À primeira vista poderíamos correr o risco de confundir o Samsung Galaxy Note 10.1 com o Samsung Galaxy Tab 2 10.1, já que ambos os tablets apresentam um design muito semelhante e quase idêntico. Mas existem diferenças, a começar pelas costas: o Samsung Galaxy Tab 2 10.1 é mais ‘despido’ que o Galaxy Note 10.1, sendo que este último contém nas suas costas uma placa de plástico cinzento (que aparenta ser metálica, conferindo um ar mais premium que o minimalismo do Galaxy Tab 2), além de que o Galaxy Tab 2 10.1 não apresenta flash LED na sua câmara.
Outras distinções incluem a entrada para a S-Pen, que o Galaxy Tab 2 10.1 definitivamente não tem, e o sensor infra-vermelho presente na parte superior do Note 10.1. Em tudo o resto estes tablets são excepcionalmente semelhantes, com a diferença de que o Galaxy Tab 2 10.1 é ligeiramente mais pequeno que o seu irmão maior.
O Galaxy Tab 2 10.1 apresenta um aspecto menos plástico que o Galaxy Tab 2 7.0, em parte talvez devido ao maior destaque concedido aos seus rebordos de plástico metalizado, o que lhe ajuda a conferir uma aparência bastante premium. A sua parte da frente é essencialmente composta por um ecrã de 10.1 polegadas (TFT, que apesar de apresentar uma resolução superior à do galaxy Tab 2 7.0 consegue apresentar uma densidade de píxeis inferior). É por cima do ecrã (caso o tablet esteja ‘deitado’) que encontramos a cãmara frontal VGA e o sensor de luz. Os altifalantes destacam-se especialmente, estando inseridos nos dois lados do tablet e no seu rebordo.
Samsung Galaxy Note 10.1 à esquerda, Samsung Galaxy Tab 2 10.1 à direita;
A parte inferior alberga o microfone e a entrada/dock para o carregador. Sendo maior que o Galaxy Tab 2 7.0, há menos necessidade de espalharmos os botões físicos pelo corpo do tablet, estando todos situados na parte superior do mesmo, inclusive com as ranhuras/slots para cartões. À partida achámos que esta tivesse sido uma má opção de design, já que a forma como o tablet está feito parece ‘obrigar-nos’ a utilizá-lo sempre em modo panorâmico. Contudo, após experimentarmos outros tipos de utilização acabámos por concluir que a localização dos botões físicos acaba por ser perfeitamente adequada.
Não somos, contudo, fãs da localização da entrada para auscultadoreS (tamanho standard, 3,5 mm). Mas este também é um dispositivo que utilizaríamos mais frequentemente em casa, possivelmente deitados, ou sentados. E parece-nos ter sido para esse tipo de utilização que este design foi concebido. Por esse motivo é que design do Samsung Galaxy Tab 2 10.1 se distingue do seu irmão pequeno, cujo design privilegia uma utilização vertical e com maior mobilidade.
Android 4.0 Ice Cream Sandwich e Performance do Galaxy Tab 2 10.1
O problema aqui é semelhante ao que já encontrámos noutros dispositivos, inclusive no Samsung Galaxy Tab 2 7.0: software. E atenção, pois o Android ICS foi, na altura, uma melhoria bastante significativa face às versões anteriores. Mas ainda assim queria-nos parecer desempenhar melhor as suas funções em smartphones do que em tablets, problema com que nos deparámos também noutros dispositivos.
Com as suas especificações técnicas, mesmo não sendo actualmente um topo de gama, o Samsung Galaxy Tab 2 10.1 continua a ter uma performance relativamente razoável, mas que na nossa opinião ‘exigia’ ser optimizada – problema que esperamos ter sido ultrapassado com as mais recentes actualizações para Android Jelly Bean. Se na altura o fossemos comparar ao Apple iPad 2, por exemplo, teríamos que admitir que, mesmo tendo especificações técnicas superiores, a performance do Apple iPad 2 continuava a ser mais suave.
Em termos de autonomia de bateria, ficámos realmente surpreendidos com este Galaxy Tab 2 10.1, embora uma bateria de 7000 mAh com o software devidamente configurado nos permita utilizá-lo com uma intensidade média durante alguns dias sem necessidade de o voltarmos a recarregar.
Samsung Galaxy Tab 2 10.1: veredicto
O Samsung Galaxy Tab 2 10.1 não deixa de proporcionar uma boa experiência dentro do seu segmento, mas tendo em conta o tempo em que já está no mercado continua a ser relativamente caro. Isto significa que além do seu preço, o factor ‘tempo’ também jogou contra si e permitiu à concorrência disponibilizar propostas igualmente interessantes dentro do mercado dos tablets.
A vantagem é que, apesar de o termos utilizado exclusivamente com Android 4.0 ICS, a sua performance deverá sofrer melhorias significativas com o mais recente Android Jelly Bean, o que talvez seja suficiente para que a opinião de muitos utilizadores melhore em relação a este equipamento. Da nossa parte tirámos o máximo proveito possível deste tablet, com o qual passámos horas a navegar na Web e a correr aplicações. Mas seremos honestos: o formato das 10.1 polegadas cativa-nos muito mais para vermos filmes confortavelmente, o que nos levaria a dizer que o Galaxy Tab 2 10.1 é um desses tablets para utilização ‘caseira’.
No espectro da mobilidade, e para uma utilização mais intensiva, continuamos a preferir o segmento das 7 polegadas.