Samsung Galaxy Tab 2 7.0 review
Review ao Samsung Galaxy Tab 2 7.0, a segunda itineração do popular tablet Android da Samsung no segmento dos tablets de 7 polegadas!
- Lauro Lopes
- 22/01/2013
- Android, Mobile, Samsung
Samsung Galaxy Tab 2 7.0: O Samsung Galaxy Tab 2 7.0 é um tablet de 7 polegadas lançado já no início de 2012, que tal como a larga maioria dos dispositivos deste segmento tem no seu tamanho a principal vantagem: portabilidade. As especificações, embora ultrapassadas, permanecem apelativas para quem está à procura de tablets relativamente acessíveis, se bem que aqui tenhamos que considerar que o Galaxy Tab 2 7.0 vai ter dificuldades em competir com ‘monstros’ actuais como o Google Nexus 7, o Amazon Kindle Fire ou o mais recente Apple iPad mini.
Samsung Galaxy Tab 2 7.0 – Especificações
Ecrã LCD (600 x 1024, ~170 ppi); expansão de memória via microSD até 32 GB; 8/16/32 GB de espaço de armazenamento; 1 GB de RAM; câmara digital de 3.15 MP (2048 x 1536) com suporte para gravação de vídeos em HD (720p); Android 4.0 Ice Cream Sandwich; processador dual core de 1 GHz; bateria de 4000 mAh.
É verdade. Olhando por alto para estas especificações, é fácil apercebermo-nos de que se encontram ultrapassadas. Mas este não é um problema de agora: já na altura do seu lançamento o Samsung Galaxy Tab 2 7.0 foi alvo de algumas críticas relacionadas com alguns dos seus aspectos, como por exemplo o ecrã – a resolução é relativamente baixa para aquilo a que a Samsung já habituou muitos dos seus fãs, especialmente agora que no mercado estão disponíveis concorrentes a preços competitivos e com ecrãs superiores.
A expansão de memória, cujo suporte é quase obrigatório nos dias de hoje, tornam a versão 8 GB do Galaxy Tab 2 7.0 uma opção relativamente mais acessível e igualmente interessante, especialmente se tivermos em conta que os dois tablets mais populares do mercado (isto em pleno 2013, claro) são o Google Nexus 7 e o iPad mini, ambos sem suporte para cartões microSD. E se a câmara é um elemento relativamente descartável num tablet, a inclusão de uma com 3.15 MP torna-a realmente pouco apelativa, embora o suporte para gravação de vídeos em alta definição consiga compensar minimamente a sua inclusão.
Este tablet é um dual core que chegou até nós a correr Android ICS, e à partida estas especificações técnicas (aliadas a 1 GB de RAM) permitem tirar partido de uma performance boa, se bem que a nossa principal preocupação se prenda à optimização do software com o hardware (que noutros dispositivos mais recentes nos causou alguns transtornos).
Design do Samsung Galaxy Tab 2 7.0
O Galaxy Tab 2 7.0 é a segunda aposta da Samsung no segmento dos tablets de 7 polegadas, segmento que em 2012 viu ascender a sua popularidade graças a dispositivos como o Google Nexus 7, o Amazon Kindle Fire e o bem mais recente Apple iPad mini.
Comecemos por olhar para ele: a sua parte frontal apresenta na parte superior um sensor de proximidade e outro de luz, com o altifalante ao meio e uma câmara frontal VGA para vídeo-chamadas, à direita. O outro elemento consiste no seu ecrã LCD de 7 polegadas, que na nossa opinião é o formato ideal para combinarmos portabilidade sem descartarmos a necessidade de recorrer ao teclado virtual com as duas mãos – ideal, por exemplo, para digitar texto enquanto andamos de transportes públicos.
É ao olharmos para a parte inferior do Galaxy Tab 2 7.0 que encontramos dois altifalantes, além de uma entrada para o conector-dock que – e aqui temos que ser honestos – se assemelha bastante à que podemos encontrar nos modelos mais antigos do Apple iPad. Continuamos sem entender porque motivo optou a Samsung por este género de entradas, já que uma entrada microUSB seria bem mais prática. Desta forma somos obrigados a poupar este conector, inclusive para transferirmos ficheiros entre o PC e o dispositivo.
O microfone situa-se no topo, ou na cabeça do Galaxy Tab 2 7.0, precisamente ao lado do auscultador – cuja entrada é standard, ou seja, de 3.5 mm e compatível com qualquer par de auscultadores que podemos encontrar facilmente no mercado. À direita do tablet estão disponíveis os botões físicos de volume e, mais acima, o botão responsável por ligar/desligar/bloquear o ecrã do Galaxy Tab 2. As entradas para os cartões microSIM e microSD (até 32 GB) estão disponíveis do lado oposto. Por fim, as costas do Galaxy Tab são praticamente todas despidas, excepto pela presença da câmara digital de 3.15 MP.
E o que dizer do look, da sensação e do aspecto do Samsung Galaxy Tab 2 7.0? Não tem definitivamente um aspecto premium como outros tablets da concorrência, mas este sempre foi um dos aspectos mais criticados em vários dispositivos da Samsung, inclusive nos seus topos de gama. Mas continua a ser um dispositivo com um aspecto agradável, e na nossa opinião talvez o look seja inclusive mais atraente do que o de disposivos mais recentes como o Google Nexus 7.
O Galaxy Tab 2 7.0 também é relativamente pesado (345g), sendo um pouco mais pesado que o Nexus 7. Por outro lado, este peso traz vantagens e desvantagens: as vantagens passam definitivamente por sublinharem aquilo que nos parece ser uma boa construção e durabilidade, mas ao mesmo tempo funciona contra nós na medida em que perdemos horas a usar este tablet. Se não tivermos um suporte para a mão ou para o braço depressa vamos sentir estas 345g a fazerem pressão na nossa resistência, exigindo-nos que o pousemos por um pouco.
Por outro lado, as diferenças face ao modelo anterior não nos parece ser esmagadora, o que significa que se já tivermos um Samsung Galaxy Tab 7.0, provavelmente vamos preferir antes por aguardar por uma terceira versão do dispositivo em vez de adquirirmos a segunda.
Android 4.0 Ice Cream Sandwich e Performance
Tendo em conta que já conhecemos melhor o Android Jelly Bean, voltarmos ao Android ICS traz-nos alguma nostalgia. Por outro lado, faz-nos recordar a primeira vez em que tivemos oportunidade de utilizar um Samsung Galaxy Tab 7.0, nos tempos em que o Android 3.0 Honeycomb ainda era uma relativa novidade.
E as diferenças fazem-se sentir: o Android ICS é mais rápido que a versão 3.0 do popular sistema operativo da Google e oferece uma experiência de utilização muito mais agradável. Mas continua a não ser uma experiência perfeita – recordamos que dispositivos mais recentes, como o Samsung Galaxy Note 10.1, por exemplo, sofreram um pouco pelo facto do software não se encontrar totalmente optimizado para este género de dispositivos. E a utilização do Galaxy Tab 2 7.0 nem sempre foi tão fluída como nós poderíamos querer idealmente.
Por exemplo, pudemos constatar que rodar o ecrã continua a ser uma tarefa que envolve algum ‘lag’, tal como navegar por entre os vários ecrãs principais. Mas há diversas melhorias a ter em conta face aos anteriores, embora o Android 4.1 Jelly Bean continue a disponibilizar uma performance superior (que por sinal é compatível com este tablet).
Aquilo que nos faz considerar a optimização entre hardware e software, que pode resultar em a performance ser por vezes algo arrastada, é precisamente o facto de haver dispositivos concorrentes com especificações técnicas semelhantes ou até mesmo inferiores, mas onde a performance do software não fica nada atrás da do Galaxy Tab. À partida este será um problema que o Android 4.1 Jelly Bean vem resolver, e esperamos que os efeitos sejam definitivamente notáveis.
Senão comparemos: o Samsung Galaxy Tab 2 7.0 vem equipado com um processador dual core de 1 GHz, o que à partida já lhe deveria garantir uma performance minimamente razoável, mesmo nos tempos dos processadores quad-core e (num futuro não tão distante quanto isso) octa-core. E 1 GB de RAM é uma quantidade já generosa de memória para garantir que o software possa correr sem problemas (o que nem sempre é o caso, independentemente das especificações técnicas ao nível do hardware).
Veredicto sobre o Samsung Galaxy Tab 2 7.0
Apesar dos problemas relacionados com o software, no geral a experiência de utilização conseguiu ser bastante interessante. O tamanho certamente contribuiu para trazermos o Samsung Galaxy Tab 2 7.0 connosco para praticamente todo o lado, especialmente quando pretendíamos navegar na Web ou ler algum e-Book. Um aspecto em que tirámos bastante proveito foi também no das aplicações, especialmente jogos, ecossistema em que o Android é especialmente rico.
Não significa que este tablet não tenha as suas falhas, e por vezes os arrastamentos – e certa vez um crash – estragam uma experiência de utilização que é boa, mas não fenomenal. Por outro lado, temos que ter em conta que esta review está a ser publicada em 2013, numa altura em que já estão disponíveis no mercado verdadeiros concorrentes de peso dentro do segmento dos tablets das 7 polegadas.
O único senão é o facto de encontrarmos este tablet, pelo menos em algumas cadeias de retalho, a preços ligeiramente acima dos 200€ – o que se tivermos em conta que por pouco mais conseguimos adquirir uma das melhores propostas preço/qualidade disponíveis actualmente no mercado, ou o Google Nexus 7, pode funcionar contra si.