CARACTERÍSTICAS
Ecrã : TFT-LCD de 262.144 cores. Resolução de 176 x 220 pixéis para um tamanho de 3 por 3,9 cm.
Dimensões : 93,5 x 45,7 x 23,5 mm e 99 gramas de peso
Câmara : 1.3 megapixéis, até 1280 x 1024 pixéis de resolução. Com Flash e Zoom digital até 7X. Permite gravar clipes de vídeo até 60 min. (consoante a disponibilidade da memória).
Multimédia : Tons polifónicos a 64 tons (cerca de 40 incluídos), Media Player permite reproduzir MP3.
Java: MIDP 2.0. Inclui três jogos.
Messaging : SMS, EMS, MMS (incluindo mensagens de vídeo nos formatos H.263 / MPEG4, QCIF), E-Mail c/ anexos, WAP 2.0.
Conectividade : Bluetooth, infra-vermelhos e cabo de ligação USB.
Memória : 96 MB partilhados. Até 1000 entradas na agenda, 400 no calendário, 50 notas, 200 SMS etc.
Redes : Tribanda GSM (900/1800/1900Mhz). C/. GPRS classe 10 (2 canais de upload e 4 de download).
Acessório particular: Sound Mate (altifalante externo).
Baterias : Iões de lítio 800 mAh e 1000 mAh. (até 6,5 ou 9,5 horas em conversação e 300 ou 400 horas em espera, respectivamente).
O melhor: Memória de 96MB, câmara de 1.3 megapixéis, boa conectividade, ecrã capaz de 262.144 cores.
O pior: Não suporta cartões amovíveis de memória. Ausência de “voice dial”. O sistema operativo, apesar de tudo, não é Symbian.
Conclusão: Grande passo em frente da Samsung, mormente com a entrada tardia mas bem conseguida no bluetooth.
O SGH-D500 baliza o ingresso bem sucedido da Samsung num novo nível; trata-se de uma máquina que rompe a tradição da marca sul coreana em fazer óptimos terminais para as massas, dando o passo seguinte, ao criar algo capaz de satisfazer mesmo os utilizadores mais exigentes. Dotado de bluetooth e de pleno suporte irDA (novidades na marca), de uma câmara capaz de uma resolução de 1280 x 1024 pixéis, de um visor capaz de 262 mil cores, com um design slide-up melhorado face ao D-800, 96 MB de memória dinâmica e capaz de leitura de MP3, o terminal ombreia e compete ao mesmo nível, entre outros, do Nokia 6630 (pese embora o UMTS deste) e do SonyEricssson K700i.
A cor negra, sóbria, domina no D500, constituindo uma inovação num fabricante cujos modelos têm propensão nativa para o cinzento, sem oferta da possibilidade de personalização das «capas».
Tal como com o SGH-D800 (ver o review respectivo nesta secção do Telemóveis.com), o mecanismo de abertura deslizante é especialmente eficiente seja porque, tal como o primeiro, ser auxiliado por uma saliência colocada sobre o jogdial, seja por, nesta versão, vir melhorada com a aparente adição de uma mola que torna o processo ainda mais ágil.
Mesmo sem chegar a abrir o telefone, está contemplada a possibilidade de utilizador poder operá-lo com facilidade, só devendo ter disso necessidade quando tenha de recorrer às teclas numéricas para digitar informação ou para usar a câmara, de outro modo oculta.
De facto, tanto é possível atender uma chamada «a tocar» abrindo o telefone como, opcionalmente, esta função pode ser desactivada e substituída pela pressão de uma tecla.
Um jogdial firme, com quatro direcções mais uma em profundidade, inteiramente configurável, serve tanto para a navegação nos menus como para atalho a dadas funções, definidas pelo utilizador. Dispostas em meia-lua, ao seu redor, encontramos cinco teclas: duas para selecção nos menus; duas para ligar e desligar respectivamente, e uma com a função «C» (anular).
Lateralmente existe ainda, à esquerda, um botão para controlo do volume, com a porta irDa presente mais abaixo.
À direita, de lado, existe um botão para acesso à câmara digital e uma ranhura mini USB que serve para ligar o acessório Sound Mate, um pequeno microfone que permite aumentar o volume e a qualidade do som em modo mãos livres ou durante a reprodução de MP3.
No extremo inferior do modelo uma tampa de protecção plástica protege a entrada do carregador. Infelizmente não está fixa ao corpo do telefone, arriscando-se a ser perdida com facilidade.
Num dos topos superiores, finalmente, existe um encaixe próprio para colocar a fita de pulso.
Com o terminal vem, em CD, um pacote de software que inclui utilidades para sincronização da agenda e contactos (sendo possível compor mensagens no PC para enviar pelo telefone), mormente com o Outlook (novidade na marca), bem como para gestão de ficheiros e configuração do modem do telefone para uso no computador para acesso à Internet. Finalmente, está disponível uma ferramenta de edição de imagem.
A sincronização de dados pode ser por qualquer uma das formas suportadas: porta de infravermelhos, cabo USB ou bluetooth. Sobre este último temos a dizer que a marca entrou tarde mas bem; de facto, pela primeira vez, automaticamente, ao aceder por bluetooth ao telefone com o navegador do Internet Explorer, podemos «navegar» nas suas diversas pastas directamente.
O interface para colocação ou recuperação de ficheiros para e a partir do telefone é simples e eficaz, podendo nós experimentar velocidades médias de transferência, por bluetooth, na casa dos 34-36Kbps.
Quanto à interface do software no próprio telefone, este traduz-se num grande menu principal onde as opções estão dispostas em grelha. Os ícones são esteticamente apelativos, sendo os submenus navegáveis através de uma lista vertical de opções.
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Uma inibição por nós anteriormente criticada foi finalmente resolvida nos telefones Samsung com porta de infra-vermelhos: a troca de informação com outros dispositivos deixou de estar limitada aos «vcards» passando a estender-se directamente, mediante selecção, e para todos os formatos que o sistema operativo do telefone tem definido como suportados (mormente imagens).
Em termos de funcionalidades é apenas de lamentar a ausência da função de marcação por voz. Em compensação o sistema de «memos de voz» oferece capacidades acrescidas, limitando a duração apenas em função da memória.
A câmara do D500 usa uma forma de sensor CMOS que, pese embora não estando potencialmente à altura de um CCD (estes com a desvantagem do volume), exibe a qualidade que seria expectável.
A resolução máxima suportada é de 1240×102, num total de seis dimensões à escolha do fotógrafo:
SXGA (1240×1024)
Mega (1152×864)
VGA (640×480)
QVGA (320X240)
QCIF (176×144)
Sub-QCIF (128×96)
Para a gravação de vídeo, as opções de tamanho são:
QQVGA 16 0x 1 20
QCIF 176×144
Sub-QCIF 128×96
De resto é de notar que o telefone suporta três modos de «sensibilidade»: ISOS 100, 200 e 400, mais uma opção «auto», que deixa o telefone escolher sozinho e funciona bem na generalidade dos casos. Em acréscimo, aquando da captura, é possível agir sobre o parâmetro «brilho», seja aumentando-o seja diminuindo-o.
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A opção de activação ou não do «Foco em ponto» é útil. Com ele a qualidade das fotos melhora, especialmente quando o grau de iluminação da cena é irregular (nalgumas das fotos que tirámos para ilustrar este artigo não o usámos e a penalização do resultado foi evidente).
Um pequeno diodo tipo flash está incluído. É sobretudo útil para fotos a curta distância, podendo o utilizador escolher em que modo o quer: «Desactivo, Disparo apenas, Auto, Permanente».
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Leg.: Duas fotos em tamanhos Sub-QCIF e QCIF (acima). Em baixo três fotos em modos VGA, Mega e SXGA (clique nas miniaturas para ver no tamanho real). |
Abstraindo a vasta e rica selecção de molduras e os efeitos costumeiros, é de destacar a riqueza de funcionalidades albergadas para o «Modo de disparo». Estas permitem que, concomitantemente ao «disparo único», o utilizador possa optar por executar disparos múltiplos (6,9 e 15, seja em modo normal ou alto), como o efeito de assim se poder obter algo de semelhante a um «panorama» de 360 graus.
Outro modo de disparo é o Mosaico (seja de duas por duas, seja de três por três fotos). Neste o telefone cola, lado a lado, o número de fotos escolhidas pelo utilizador, como «miniaturas» de tamanho reduzido, sendo a dimensão final igual à escolhida que se obteria na foto em disparo único.
Finalmente, está presente o modo de disparo nocturno; marcando ainda presença o disparador retardado (3, 5 ou 10 segundos), sempre útil para quem não disponha de pulso firme.
Com tantas opções o utilizador só lamenta não encontrar, como nas câmaras digitais, uma opção que permitisse gravar no cabeçalho de cada imagem o EXIF que detalhasse a configuração usada. Certamente, comprando resultados em casa, parâmetro a parâmetro de aquisição, tal opção facilitaria muito a aprendizagem do fotografo no manuseio da câmara do D500.
Ao fotografar, as 262.144 mil cores produzem um efeito naturalmente realista, sendo somente de lamentar a impossibilidade de por definição ver o enquadramento da totalidade da foto; apenas a sua parte central.
Quanto ao vídeo, com som, o formato é o .3gp, estando disponíveis três níveis de qualidade. A extensão da memória facilita muito a vida.
Leg: O mesmo motivo das fotos anterior com o parâmetro de brilho ajustado para o máximo (cima) e para o mínimo (em baixo).
Mais fotos estão disponíveis nas últimas páginas deste artigo.
No plano do multimédia é de destacar a inclusão do acessório Sound Mate, um pequeno altifalante que encaixa lateralmente no telefone e, uma vez ligado, amplifica o som, auxiliando sobretudo a reprodução dos graves.
Útil para quem queira ler MP3 no leitor do telefone embora, para esse fim, os auriculares incluídos já sejam estéreo. Sobre a reprodução de MP3 é uma pena que, ao contrário do que sucede nos modelos SonyEricsson, por ex., estes não poderem ficar a tocar em fundo quando o utilizador usa o telefone para outros fins.
Ainda no plano sonoro, a acção de gravar ou ditar «memos de voz» encontra no D500 um pleno usufruto; afinal, consoante a memória disponível e não usada para outros fins, é possível gravar até uma hora contínua de som.
No que ao MMS toca, outra novidade em modelos Samsung introduzida no D500 é a possibilidade de introduzir clipes de vídeo nas MMS (até 300 KB, com as limitações do operador).
Já no cliente de e-mail, é de louvar a possibilidade de enviar anexos (útil para as imagens, menos útil, sobretudo na recepção, para o que demais é comum encontrar em anexos de e-mail, mormente documentos do MSOffice, para o que, em qualquer caso, não estaria um «viewer» disponível. Quem procure este tipo de funcionalidade ficará melhor servido por um smartphone.
Para além dos toques polifónicos a 64 tons, de que dispõe de origem basta oferta, podendo posteriormente obter mais, o utilizador do D500 tem, a nível gráfico, a chance de escolher entre quatro skins para os menus.
Como seria de esperar o terminal suporta Java MIDP2, incluindo quatro jogos de origem. Um teste de performance à máquina virtual Java coloca o terminal ligeiramente abaixo do Nokia 6630 e ao mesmo nível do SE K700i.
O SGH-D500 é um modelo marcante para a Samsung, e um dos mais bem interessantes da actualidade (chegou ao mercado em Dezembro de 2004). Com ele a marca logrou atingir um novo patamar de exigência; passando do simples mas eficiente para o simples e completo; coisa com tanto mais valor quanto para muitos o «completo» é bastas vezes sinónimo de «complexo» e complicado de usar.
Há muito que esperar desta nova aproximação da Samsung ao mercado; numa empresa que se caracteriza pela «assertividade» da sua estratégia e que ao invés de optar pelo suporte de cartões de memória optou directamente por introduzir 96MB no terminal.
Finalmente com boa «conectividade» irDA e bluetooth, com eficiente software de comunicação com o PC, o D500 é um telefone completo que vale o dinheiro que custa.