Samsung SGH R210S, eficiência sem genialidade
- Alexandre Talhinhas
- 26/12/2001
- Mobile, Samsung

O Samsung SGH R210S é apresentado a nível internacional como um terminal de gama média a média-baixa. Em Portugal, pela especificidade e poder aquisitivo do nosso mercado, está definitivamente mais próximo da primeira acepção.
Trata-se de um modelo que, num primeiro contacto, deixa uma impressão de robustez a que acrescem, em termos funcionais, algumas «novidades», entre as quais está à cabeça um sistema que assinala as chamadas através de um led colorido que associa a identidade de quem nos chama a um conjunto diferenciado de cinco gradientes: azul, verde, laranja, vermelho, violeta e azul. A possibilidade já existia e era conhecida a nível dos toques ou melodias mas com a iluminação é inédita. A utilidade é muito relativa (afinal, estímulo visual por estímulo visual quem olha a cor do led também lê o nome no visor) mas não deixa de ter a sua originalidade.
Ademais, o SGH R210S dá boa conta de si em termos estéticos e funcionais. Os menus são coerentes embora, ao contrário do SGH-400, por exemplo, e de outros terminais da gama acima, não ostentem uma organização iconográfica. Isto é, não permitem a selecção a partir de um conjunto de ícones de função mostrados em simultâneo – o que é compreensível devido ao facto de o visor do SGH R210S ter uma definição inferior (128 por 64 pixéis ao invés de 128 por 128).
Dizer que o modelo é dual band (900/1800 MHZ), que tem escrita predictiva T9 e um browser WAP 1.1 não é, por si só, o suficiente para o distinguir da concorrência. Já a inclusão da possibilidade de envio de SMS com imagens revela alguma originalidade, pese embora as limitações do sistema para o qual são somente oferecidas uma dezena de opções. Recorde-se que o modelo T39 da Ericsson, por exemplo, embora dentro de outro espectro, é certo, oferece inclusive um sistema de desenho que permite ao utilizador elaborar as suas próprias imagens.
Em termos organizativos, a Agenda incluída com o SGH R210S recorda vagamente o Sendo/AEG D800, embora lhe seja superior, em especial por permitir a visualização da totalidade dos dias de um mês. Permite ainda a categorização dos eventos a introduzir segunda a tipologia «Memorando», «Chamada»; «Reunião» e «Aniversário» que associa um pequeno ícone ao evento.
Com 8,2 por 4,2 centímetros e uma espessura de 2,3 e 95 gramas de peso só é mesmo de lamentar o facto de a antena não ser interna mas saliente. O corpo do telefone tem tamanho suficiente para alimentar a expectativa de que assim não fosse.
No tocante à duração da bateria esta orça em 120 horas em tempo de stand by e em 3,5 horas em tempo de conversação.
No tocante ao mobile fun a oferta assenta em vinte melodias pré-definidas, com a possibilidade do utilizador «descarregar mais três» ou utilizar o compositor para criar até mais duas (total de 25, portanto) e em três jogos: Casino, Hexa e Mole. Quanto a estes últimos devemos admitir que falhamos em lhes achar particular interesse.
Dentro da classe dos terminais médios a médios baixos o Samsung SGH R210S é um contendor a considerar. Faz tudo o que é essencialmente preciso e consegue mesmo apresentar um par de características inovadoras. O design é elegante e o «chassis» – salvo seja – augura durabilidade. Para utilizadores mais exigentes, ou com mais dinheiro para gastar, à procura das possibilidades da internet móvel outras alternativas se colocarão, inclusive, dentro da oferta da própria Samsung.
Obs: Recordamos os leitores da possibilidade de clicarem no item “características” (menu acima) acedendo assim aos detalhes técnicos do telefone.