Sendo X
Ecrãs : TFT com resolução de 76×220 pixéis capaz de 65,536 cores
Dimensões : 4,85 por 11.05 cm de largura e 2,28 de espessura. 12º gramas de peso. 108 cc de volume.
Câmara(s) : Resolução máxima VGA (640 x 480 pixéis). Zoom digital 4X. Inclui luz tipo Flash. Grava vídeo.
Multimédia : Melodias polifónicas a 64 tons. Inclui leitor de MP3. Suporta os formatos áudio AMR, WAV, MIDI, SP-MIDI, XMF, Real, SMF. Grava vídeo.
Java: MIDP 2
Messaging : SMS, NSM, MMS messaging, video MMS and Email. Browser Opera.
Conectividade : irDA e cabo USB
Memória : 64 MB com suporte adicional para cartões MMC/SD
Redes : GSM Tribanda (900/1800/1900) c/ GPRS classe 8 (4 canais down, 1 up)
Acessórios incluídos : Duas baterias e um carregador de secretária
Baterias : Iões de Lítio 1050 mAh. Reclama entre 240 e 420 minutos em conversação e e entre 100 e 170 horas em espera.
Especificidade: Ao processador 120Mhz ARM 9, ARM 7, DSP acresce um co-processador gráfico.
O melhor: Concepção robusta, memória, software/sistema operativo.
O pior: Prestação da câmara.
Conclusão: Telefone extremamente inovador quando anunciado encontra-se hoje datado, sobretudo face à eminência da sua versão 2 (anunciada para o Verão).
Anunciado por volta de Outubro de 2003 o Sendo X só chegou ao mercado europeu em meados de 2004, o atraso no lançamento acabou por penalizar o seu sucesso, com o surgimento entretanto de modelos similares por parte da concorrência, sendo que, no conceito, o terminal desbravou terreno.
Assim, chegados a Março de 2005, e num momento em que, o mês passado, no GSM World, em Cannes, a marca já revelou os detalhes do seu sucessor, o Sendo X2, o X1 suscita-nos sentimentos ambíguos: por um lado pormenores como os 64 MB de memória (dos quais a metade livres) lado a lado com a inclusão de um slot para cartões de memória SD/MMC, a excelência do seus sistema operativo, basicamente a série 60 da Symbian com alguns pequenos ajustes da fabricante e a conectividade, simultaneamente por bluetooth e irDa, continuam a credenciar a sua valia; por outro, a solidez lograda, mormente com a protecção lateral em borracha, encontra o reverso no facto de deixar algo a desejar no plano do mero desenho, oferecendo ainda a sua câmara (resolução VGA de 640 por 480 pixéis) alguma pobreza de performance, sobretudo a nível da fidelidade das cores.
Tudo ponderado, cremos que a melhor sugestão para quem queira comprar um smartphone com a assinatura Sendo neste momento é que espere mais uns meses.
De facto, o X2, promete uma actualização e substanciais melhorias com a elevação da resolução da câmara do VGA para os 1.3 megapíxeis (1280×960 pixéis) e do respectivo zoom dos 4 para as 8 X; com melhor «palminho de cara» e uma redução na dimensão (de 120 para 95 gramas a nível do peso; 108 para 95 cc a nível do volume e 22,8 contra18 mm de espessura) bem como com facilidades acrescidas a nível do multimédia (suporte dos formatos AAC e AAC+) e capacidade de armazenamento até 1 GB de modo a tirar o máximo partido da tecnologia Sonix de reprodução sonora, para duplicação como leitor portátil de som.
Uma especificidade flagrante do Sendo X consiste na forma do seu joypad, o qual, ao contrário do que é comum, ao invés de estar em relevo, forma uma pequena cavidade concava que se ajusta à forma do dedo e tem, no seu centro, uma semiesfera em relevo. Obteve-se assim uma boa funcionalidade com economia de espaço. Este conceito, que vai continuar a marcar presença no X2, minimiza as possibilidades de pressão inadvertida, nomeadamente quando o telefone, num bolso ou mala, possa entrar em contacto com outros objectos.
As teclas alfanuméricas do Sendo X são bastante finas, o que tem como contrapartida estarem bem espaçadas entre si. Novamente, o X2 parece uma progressão a este nível com a adopção da forma compacta.
A par das teclas prateadas o terminal inclui ainda duas teclas, de cor negra, imediatamente abaixo do ecrã, para selecção dos menus; bem como, lateralmente, um de cada lado, dois pequenos botões de atalho que, do lado direito, são ladeados por uma ficha de entrada para os auscultadores (protegida por borracha), pela porta de infra-vermelhos e pela ranhura do altifalante, respectivamente.
A relativa espessura, a textura da borracha lateral e o padrão xadrez em tons cinzentos que caracteriza o plástico que intermedeia entre o ecrã e botões e a primeira, contribuem para uma uma impressão de uma certa rusticidade.
Com 76 por 220 pixéis ( cerca de 3,5 mm por 4,4 cm) o ecrã tem uma dimensão suficiente, pese embora as suas 65 mil cores, num momento em que as 250 mil começam a ser comuns. A diferença nota-se, sobretudo na reprodução de vídeo. Sobre este último, devemos dizer que não notámos na prática a «revolução» prometida pela marca com a inclusão de um co-processador gráfico GraphiXT.
A câmara VGA que, habilmente, a marca optou por referenciar nos menus, a nível da sua função de gravação de vídeo (com som) como «camcorder», é uma manifesta desilusão produzindo resultados bastante aquém do esperado/desejado, seja a nível da fidelidade das cores seja da própria focagem.
Emparelha com um LED tipo Flash e uma função de redução do efeito dos olhos vermelhos, sendo capaz de Zoom até 4 vezes.
Software, Multimédia & Memória
Bem servido a nível da diversidade de formatos que permite reproduzir, o Sendo X vem com a versão móvel do versátil RealPlayer (permite leitura de MP3). O altifalante permite uma boa reprodução sonora em alta-voz.
Ainda sobre voz, é de destacar a excelência da tecnologia de reconhecimento incluída para os comandos vocais que não se limitam à marcação de números na lista de contactos mas se estendem também à execução do diverso software incluído no terminal.
As aplicações incluídas, correndo em ambiente Symbian – série 60, semelhante à usada pelos Nokias – são ricas e diversas (por ex. a versão móvel do navegador Opera).
Concomitantemente o terminal suporta a tecnologia Java (MIDP 2), podendo correr com agilidade que o seu processador ARM a 129 Mhz faculta, midlets e, desde logo, um par de jogos que trás pré-incluídos ( Sendo Pinball e Funny Farmer).
De resto, com 64 MB de memória flash mais o que o utilizador lhe quiser acrescentar com o cartão amovível, a capacidade de armazenamento é um dos lados mais solarengos do modelo.
Modelo tribanda GSM o Sendo X é um modelo GPRS classe 8 (apenas um canal de upload).
Para comunicação com outros dispositivos está bem dotado com porta irDa, ligação bluetooth sem fios e possibilidade de ligação por cabo, via USB; de que se pode tirar partido mediante o software incluído no CD que acompanha o modelo para as sincronizações SyncML e OTA, de contactos e agenda.
A bateria de polímeros de lítio do Sendo X, de 1050 mAh, faculta tempo de espera entre 100 e 170 horas, dependendo obviamente do uso a dar ao terminal.
Quanto aos acessórios, a gama incluída é bastante rica. De encontro ao conceito do smart phone como encontro feliz das funções clássicas de um telefone móvel com a agilidade e riqueza de função de um PDA, estão disponível tanto um teclado (que lembra em muito os que existem para Palm) como um cradle de secretária (ver fotos).
Explorando as possibilidades do bluetooth, o possuidor de um Sendo X pode ainda encomendar tanto um headset como um kit mãos livres para viaturas, ambos usando esta tecnologia.
O Sendo X conjuga aspectos extraordinariamente felizes como outros menos bem sucedidos, fazendo com que, à luz do presente, seja um modelo heterogéneo para o qual o comprador dificilmente se inclinará. É de esperar que a sua nova versão, actualizando-o, venha a induzir novo dinamismo na oferta Sendo para o segmento mais alto do mercado, o dos smartphones; uma aposta que, quando surgiu, a marca pareceu querer esgrimir como seu leitmotiv mas que, entretanto, com a derivação para uma estratégia de modelos mais populares, pelos quais se tornou conhecida, parece estar ainda aquém dos objectivos.