Siemens CX75
CARACTERÍSTICAS
Ecrã : TFT, 132 x 176 pixéis, capaz de 262.144 cores.
Dimensões : 112 x 48 x 19 mm para 98 gramas de peso e 90 cm3 de volume.
Câmara : 1.3 megapixéis (resolução máxima de 1280×1024 pixéis), c/ zoom digital 4x. Grava vídeo na resolução QCIF (176 x 144 pixéis). Flash disponível como acessório extra (Flash IFL-600) .
Multimédia : Java midp 2. Toca midi e mp3 e reproduz vídeo nos formatos 3GP e MPEG 4.
Messaging: WAP 2.0, SMS, E_MS, MMS, e-mail.
Conectividade: Bluetooth e irDA incluídos. Cabo USB como extra.
Redes : Tripla banda GSM 900/1800/1900 c/ GPRS classe 10. Inclui a funcionalidade Premir para Falar.
Memória: 14 MB de memória interna + slot para cartão RS-MMC.
Bateria : Li-Ion 750 mAh. Reclama até 250 horas em espera e 5 em conversação.
Prós: Cartão de memória, bluetooth, câmara, desenho, agenda de contactos muito completa.
Contras: Iconografia de qualidade discutível, impossibilidade de reproduzir mp3 em fundo.
O CX75 é indubitavelmente um grande passo em frente face ao seus predecessores – designadamente os CX65 e CX70 – , beneficiando da inclusão de características análogas às do S65, incluindo uma câmara com resolução de 1.3 megapíxeis, suporte de bluetooth e a capacidade de adicionar mais memória através do slot para cartões RS-MMC.
Mas o que porventura mais o diferencia é o seu ecrã TFT, de alta-resolução (132 x 176 pixéis), capaz de 262144 cores, colocando-o em vantagem face ao Nokia 3230 – de resto o Nokia tem um ecrã maior. Para uma comparação fotográfica destes dois modelos e do Sagem MyX6-2 recomendamos aos leitores que vejam a crítica deste último na secção respectiva do Telemoveis.com.
Paralelamente, a Siemens inclui ainda a «novidade» da tecnologia que permite a impressão directa de fotografias do telefone para uma impressora, via bluetooth, dispensando assim a intermediação de um computador.
Leg.: Lado a lado os Siemens A70, A75, CX75 e M75, respectivamente.
O Siemens CX75 está disponível em duas tonalidades: «titanium grey» (cinzento titânio, mais escuro) e «sand silver» (prateado areia, mais claro). Em ambas, o predomínio dos tons cromados (emoldurando o ecrã e englobando a «testa» do modelo, a par do joystick e dos botões de navegação) acompanha o seu nível de funcionalidade posicionando-o no segmento médio-alto como telefone agradável à vista a que não falta um toque de originalidade, introduzido no topo superior, que termina em diagonal.
Comparativamente com o CX65 o novo modelo é manifestamente maior, tendo crescido dois milímetros em comprimentos e largura, bem como um em espessura. Ainda assim, as suas dimensões estão perfeitamente em linha com a concorrência, assentando, por ex., melhor na mão do que o já enunciado rival Nokia 3230.
O joystick, por seu lado, tem a particularidade de estar «nivelado» pelo teclado, o que se revela prático pois evita a sua pressão acidental, sobretudo quando o telefone esteja no bolso, mas pode ser problemático para quem tenha dedos maiores.
As teclas alfanuméricas apresentam uma forma compacta em que se não deixa espaço entre si; sendo retroiluminadas com uma luz branca.
Globalmente o jogo dos tons cinzentos e cromados, em especial no modelo «sand grey» a que tivemos acesso é bastante harmonioso, sendo de destacar a existência, sob o ecrã, da ranhura do microfone, coberta por uma espécie de «grelha» de agradável efeito.
Na parte de trás do telefone, imediatamente abaixo do logótipo da marca, que coroa o modelo, chama imediatamente a atenção a ranhura, rasgada para alojar o conector de uso opcional para uma antena externa, cuja tonalidade cobre chama a atenção. Sendo certo que é algo que a generalidade dos utilizadores jamais o usarão questiona-se sobre se não teria feito mais sentido o seu «disfarce», por exemplo mediante uma pequena tampa de borracha cinzenta, como já nos habituamos a ver noutras marcas.
Ainda na parte posterior, mais abaixo, e antes da tampa da bateria, marca presença a lente da câmara, com um coating com reflexos violeta, embutida numa saliência espelhada de forma mais ou menos quadrada.
Lateralmente, o telefone oferece dois botões de atalho (acesso à função Premir Para Falar e activação da câmara – duplicam ainda como reguladores de volume aquando de uma chamada) enquanto, do lado oposto, marca presença uma discreta porta irDA.
No extremo inferior do terminal, para além dos conectores do carregador e cabo USB, é de notar a existência da ranhura para o cartão de memória, comodamente acessível e sensatamente protegida por uma faixa de plástico, fixa ao corpo de telefone de modo a evitar que se perda. Um pormenor curioso prende-se com o facto de ser possível ler cartões MMC de tamanho normal no telefone, simplesmente o seu tamanho leva-os a ficar salientes; de tal modo que, na prática, o utilizador vai querer usar os RS-MMC, mais curtos. Em qualquer caso é útil saber que os primeiros também ser usados.
De uma forma geral a qualidade de construção agrada e é sólida quanto baste.
A nível do software, o ecrã principal mostra o que seria de esperar, com indicadores de carga e cobertura de rede na margem superior e etiquetas descritas das funções de acesso das teclas de atalho na margem inferior. É possível escolher uma imagem qualquer como papel de parede.
A navegação é assegurada pelo joystick e por duas teclas de função (configuráveis) a par de uma pequena e discreta tecla central para acesso directo à Internet, existindo ainda, mais abaixo, as duas teclas verde e vermelha para ligar e desligar.
Por definição o menu principal do CX75 mostra nove ícones em grelha. Sobre este há que notar o seu estilo gráfico minimalista, estilizado – muito próximo do S65, da mesma marca – em que não existe, na nossa opinião, uma diferenciação suficiente do aspecto que permita uma fácil associação «ideográfica» à função respectivamente controlada. Esta dificuldade em os distinguir pode porém ser parcialmente contornada pelo facto de ser para cada um, uma vez seleccionado, oferecida uma curta descrição no canto superior esquerdo do ecrã, enquanto, do lado direito, surge um número correspondente à tecla de atalho que se pode usar para a sua selecção.
Capaz de sete linhas de texto, o ecrã do CX75 é composto de pixéis de pequena dimensão, que produzem linhas de texto num tipo de letra relativamente pequeno mas bem definido. Pré-disponibilizados estão cerca de meia dúzia de esquemas e combinações de ambientes gráficos e cores por onde se pode escolher.
De entre as possibilidades como «Organizer» destaque-se o facto de a lista de contactos permitir até 1000 entradas, cada uma das quais com diversos campos (nome, apelido, cinco números, dois endereços de e-mail, um URL, alcunhas, nome de empresa e morada), incluindo a possibilidade de entrar uma data de aniversário para cada contacto entrosada com o calendário, de tal modo que o utilizador seja avisado de quando alguém de entre os seus «contactos» faz anos.
Peculiar é ainda o facto de o terminal não permitir a associação de uma das melodias (polifónicas a 40 tons, podendo nelas ser usados ficheiros midi ou .mp3) a um contacto particular mas assim a um de oito grupos em que estes podem ser organizados, com associação concomitante de uma imagem.
Relógio com alarme, calendário de eventos, sincronizável com o PC, e a possibilidade de gravar curtos memos de voz complementam – entre outros – as funções como organizador.
Leg.: Lado a lado os Siemens A70, A75, CX75 e M75, respectivamente. Abertos, vistos por trás.
Capaz de correr aplicações java, em função da sua compatibilidade Midp 2, o CX75 vem com um trio de excelentes jogos pré-incluidos: «Siemens 3D Rally» (o nome explica bem em que consiste: jogo de corridas de carros, em que o utilizador pode escolher diversas «máquinas» e pistas); Worms (versão ultra-divertida de aplicações similares em que o objectivo é orientar o tiro para «rebentar» com o inimigo antes que este rebente connosco) e «Seabattle» (batalha naval). Estes podem ser jogados a solo contra o computador ou contra um oponente humano.
Duas aplicações originais que, não sendo «jogos» podem ainda assim ter aplicação lúdica são o «Cocktail Manager», que pré-disponibiliza a fórmula dos mais populares e o «Survival Dictionary», dicionário que contém os termos de uso mais correntes em diversas línguas. Interessante – sobretudo para viajantes frequentes – é o «Emergency Phonebook», lista de consulta rápida com os números de emergência – tipo 112 – de largas dezenas de países, nos cinco continentes.
Relativamente ao «Messaging», o telefone – que como não podia deixa de ser suporta a escrita predictiva T9 – está bem equipado, tanto para o EMS e o MMS (limite de 300KB de dimensão de ficheiros que podem ser de vídeo, áudio e imagem) como para as boas e velhas SMS.
Assim, quando se escolhe criar uma nova mensagem, a interface deixa-nos escolher o seu tipo. O editor de texto que surge seguidamente está bastante bem organizado, incluindo um contador dos caracteres que faltam até ao limite de tamanho (160) quando se redige um SMS.
Relativamente ao cliente de e-mail, este é semelhante ao que já se conhecida de outros modelos Siemens: permite gerir até cinco contas de correio, sendo capaz de gerir anexos e de se ligar seja por POP3 seja por IMAP4.
A câmara do CX75 permite tirar imagens com uma resolução máxima de 1280×1024 pixéis. A resolução pode no entanto ser reduzida à discrição do utilizador, bem como escolhido um de três ajustes de luminosidade, consoante o ambiente – nenhum do qual inclui, porém, um modo nocturno. De resto, o telefone também não inclui um luz tipo flash.
Aquando da captura de fotos, recorrendo ao joystick, o utilizador pode activar o zoom digital (até 4x).
No que toca aos clipes de vídeo, de duração limitada a 90 segundos, a câmara grava-os numa resolução de 176 × 144 pixéis.
A qualidade das imagens obtidas é bastante razoável (ver as fotos infra).
Leg.: Exemplo de fotos tiradas com o Siemens CX75. Clique para ver no tamanho original.
Para a bateria de 750 mAh, com química de iões de lítio, a Siemens reclama até 250 horas em espera e até cinco em conversação.
A gama de acessórios é bastante completa, indo além do óbvio com a inclusão de um flash acopolável (Flash IFL-600) bem como de um sistema de amplificação áudio (Mobile Music Set IMS-700) bem como de diversos Kits de viatura bluetooth que incluem um prático visor LCD que permite a operação sem ter sequer necessidade de retirar o telefone do bolso.
Graças à inclusão do Bluetooth e à câmara de 1.3 megapixéis, com um desenho cativante, e com um conjunto bastante completo de software, o CX75 é uma boa máquina que o potencial comprador deve, no mesmo espectro, comparar a oferta da concorrência mas também, dentro da própria Siemens, com o M75, o qual constitui deste uma versão mais robusta e virada para os amantes das actividades fora de portas. Não obstante, para a generalidade dos utilizadores, forma compactada do CX75- sem «pontas soltas» – deverá, mesmo neste estrito plano, revelar-se satisfatória tal como está.