A Siemens não vai reduzir postos em Portugal, afirmou ao DN o porta-voz da empresa. A filial da multinacional alemã está a admitir pessoal para as áreas de aplicações e software.
O responsável afastou, assim, que Portugal esteja abrangido pelo plano de corte de pessoal anunciado ontem pela Siemens, durante a apresentação dos resultados financeiros relativos ao primeiro trimestre do ano. “Em Portugal estamos com falta de pessoal qualificado, uma vez que há grande procura por parte das Telecom. Estamos numa posição oposta à política do grupo em relação às áreas da informação e comunicações”, referiu. A título de exemplo, o porta-voz da Siemens em Portugal referiu que o centro de software da empresa em Lisboa conta com 300 engenheiros e o do Porto tem 90. “Estamos ainda a contratar pessoal para estes centros”, apontou.
Heinrich Pierer, presidente do grupo, anunciou ontem que ao longo do próximo ano e meio serão dispensados 3 500 empregados, uma decisão que classificou como “contra-medida” ao ambiente de mercado difícil, prevendo ainda o agravamento da situação nos próximos meses. Nas áreas de informação e comunicações móveis serão “ajustadas as capacidades de produção em resposta à prevista redução de vendas de telefones móveis este ano”, disse o líder da Siemens.
Os lucros do grupo ascenderam a 220,5 milhões de contos nos primeiros seis meses do seu ano fiscal (que se inicia em Outubro), o que traduz mais 17 % face ao período homólogo de 2000. As vendas subiram 15 % no seu primeiro semestre de actividade.