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Siemens quer fornecer telemóveis UMTS

Exportações representam metade da facturação do grupo em Portugal. Telecomunicações e comboios são maior aposta.

Para conseguir este resultado, sublinha, nomeadamente, o crescimento das vendas (224 milhões de contos), maioritariamente obtidas através das exportações (117 milhões). No mercado interno “também continuámos a evoluir, principalmente nas telecomunicações. Estamos a apostar muito nas licenças de UMTS e fizémos ofertas aos quatro operadores dos telemóveis de terceira geração”. Só no segmento das telecomunicações, a Siemens Portugal registou negócios superiores a 60 milhões de contos. “No fornecimento de telemóveis, passámos do sétimo para o segundo lugar”, logo a seguir à Nokia, disse Melo Ribeiro em entrevista ao DN. Os transportes foram outro sector de negócio em alta. A Siemens começou este ano “a fornecer as novas 38 unidades triplas eléctricas para o metropolitano de Lisboa a começou a produção da 34 unidades múltiplas eléctricas para as linhas do Porto e de Cascais, e estamos muito bem posicionados no concurso para o metro do Sul do Tejo”. Relativamente a este projecto de metropolitano ligeiro de superfície, o responsável sublinha as vantagens do seu consórcio: “A nossa capacidade instalada diferencia-nos do nosso concorrente. Além disso, somos líderes mundiais em projectos completos, de tipo chave-na-mão. E, entre os dois concorrentes, somos a empresa que oferece mais estabilidade.” “Posso dizer, por piada, que não sei quem é o nosso último concorrente. Começou por ser a ABB, depois foi substituída pela ADtranz e agora parece-me que é a Bombardier.” No entanto, salienta que se trata de um “concorrente com quem sempre estivemos aliados, desde os tempos da Sorefame.” Isto porque, “percebendo nós a economia e as prioridades nacionais, sempre os escolhemos como fornecedores na parte mecânica porque era uma empresa nacional. Era assim quando se chamava Sorefame, prosseguiu quando passou para a ABB, continou quando passou para Adtranz e não vemos razão para não continuarmos a colaborar com eles agora que são Bombardier. São nossos concorrentes e a concorrência é sempre saudável para o País.” Para além dos telemóveis UMTS, do metropolitano da margem Sul e da nova central eléctrica de ciclo combinado – os três projectos em que a Siemens Portugal está “muito empenhada para o próximo ano” -, Carlos de Melo Ribeiro prossegue o balanço do grupo no País: “Começou a duplicação da fábrica de condensadores, um investimento de 15 milhões e que tem de estar pronto dentro de um ano; a unidade de semi-condutores continua a evoluir muito favoravelmente; e vai continuar a crescer a nossa presença no software de telecomunicações, onde 300 engenheiros estão a desenvolver e a exportar inteligência nacional.” Quanto a transferências para o Estado, o grupo Siemens pagou 36 milhões de contos entre IRC, IVA e contribuições para a Segurança Social. Por Gouveia de Albuquerque