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Sistema de Menu Digital Para Restaurantes

9 exemplos diferentes de sistemas de menu digital para restaurantes

 

*Declaração de interesses: o eMenuk, que assina este artigo, é um sistema de menu digital para tablets

Emenuk 02“Quando entrei para cá, dominei tudo. Toda a gente pensava que eu trabalhava 100 horas por dia. Hoje não importa a que horas chego, ninguém questiona a minha capacidade para fazer o meu trabalho”. As palavras são de Harvey Specter, um advogado fictício interpretado por Gabriel Macht na série norte-americana “Suits”.

“As primeiras impressões contam. Se entras logo a perder, nunca chegarás à frente”, complementa.

A cena pode ser conferida no vídeo abaixo (são só 25 segundos).

 

O que Specter quer dizer é que as primeiras impressões causam impacto (há toda uma ciência por detrás do tema que vale a pena aprofundar).

Isto é válido também no universo profissional. No mundo dos negócios, os cartões de apresentação são uma extensão da primeira impressão. Quando o profissional não está presente, é o cartão que comunica em seu lugar.

A dinâmica é semelhante nos restaurantes, se trocarmos os cartões por menus.

“De certa forma, o menu acaba por ser o vendedor silencioso dos restaurantes. O modo como é preparado e apresentado diz muito sobre os locais”, escreve um utilizador do Quora, Ritesh Sanghvi, em resposta à pergunta ‘Qual Será o Futuro da Indústria da Entrega de Comida?‘.

Por outras palavras, o menu é o primeiro cartão de apresentação de um restaurante. Folheá-lo é ter um primeiro contacto com a experiência que o local oferece e, do ponto de vista do cliente, perceber se o valor a pagar corresponde à expectativa criada.

Avaliar o menu ajuda-nos a perceber o tipo de local onde estamos.

 

Qual é o valor de um sistema de menu digital para restaurantes?

 

Desde que apareceram pela primeira vez, na França do século XVIII, os menus pouco se afastaram da sua fórmula inicial, assente numa experiência predominantemente visual. O desafio, hoje, está em acrescentar valor a esta fórmula.

Entram os menus digitais para restaurantes.

A principal vantagem característica de um menu digital está na sua riqueza de conteúdos. Um menu digital pode ir além da descrição de um prato e incluir imagens, vídeos e descrições complementares.

Em jeito de contraste, o menu de papel está limitado na variedade de conteúdos e no design ‘one-time-only’.

Menus digitais informativos, enriquecidos por design profissional, são cartões de apresentação atraentes para os clientes. No entanto, também há vantagens para quem trabalha/gere restaurantes:

  • São fáceis de actualizar
  • São interactivos e prendem a atenção dos utilizadores
  • São informativos
  • São fáceis de compreender e usar
  • Devem ser fáceis de instalar e correr

Mas para tirar partido do formato é necessário perceber qual é a melhor abordagem.

Segundo dados da Visionect, apenas 4-8% dos clientes processam pedidos a partir dos seus smartphones pessoais, o que sugere ser má ideia fazer uma aplicação e esperar que sejam os clientes a tomar a iniciativa de a usar.

No reverso da medalha, 93% dos clientes a quem é oferecido um dispositivo dedicado processam pedidos a partir de sistemas de menu digital.

Encorajar o uso do menu digital revela-se assim mais eficaz quando há um dispositivo dedicado à disposição do cliente.

Certos menus para tablets também permitem fechar pedidos sem ser necessário interagir com um funcionário.

Da perspectiva de quem gere um restaurante, é fácil perceber o porquê dos menus digitais serem apelativos. Não tanto pelo factor novidade, que o tempo se encarrega de diluir, mas por permitir recolher dados sobre clientes, analisar métricas e trabalhar com as informações recolhidas (uma abordagem comum em startups tecnológicas).

As vantagens de ter um sistema de menu digital para restaurantes resumem-se:

  • Melhor visualização com fotos em alta qualidade
  • Descrições completas
  • Interação com as pessoas da mesa durante o uso do cardápio
  • Não depende do sistema operativo do smartphone do cliente
  • Sem custos para impressão de material
  • O cliente não tem de descarregar uma app, nem sequer de possuir um smartphone
  • Eliminação do custo de impressão de cardápio
  • Liberdade para escolher entre alugar ou comprar os tablets

 

9 Exemplos Diferentes de Sistemas de Menu Digital Para Restaurantes

 

1. eMenuk

Disponível em Espanha e Portugal, o eMenuk consiste numa aplicação para tablets Android e num backoffice, acessível em qualquer dispositivo com acesso à internet. “Na criação do menu adicionamos as categorias que nos indicar (ex: carnes, entradas, vinhos, sobremesas). A aplicação atribui uma página a cada produto em exibição”.

O eMenuk também disponibiliza uma opção mais económica, que exibe todos os produtos de cada categoria só em texto, num fundo personalizável.

 

2. DaShef

Da Croácia, o DaShef assenta também numa aplicação (para Android) e num backoffice online. “Com o sistema do Backoffice os donos [de restaurantes] têm a possibilidade de criar e editar facilmente os conteúdos dos menus”.

 

3. wMenu

Da Suécia, o wMenu é um sistema de menu digital totalmente online. “Sem instalação em dispositivos”, lê-se no site do serviço. “É criado para gerentes ocupados e pessoas não-técnicas, para lhes permitir actualizar o seu menu digital em deslocação, a partir de qualquer aparelho”.

 

 

“É user-friendly e com integração no ponto de venda do restaurante. (…) O menu digital para tablet funciona em modo duplo – para funcionário e para cliente. O modo para funcionários permite ao serviço de mesas processar os pedidos no menu do tablet. O modo para clientes, por outro lado, deixa ser o próprio cliente a processar o pedido”.

 

5. GoodAppz

Um menu digital para tablets para Android e iOS, feito para o mercado indiano.

 

6. Get-E-Menu

Pode ser usado em tablets, smartphones e em redes internas.

 

7. UrbanWand

 

8. eWineDine App

 

9. Titbit Digital Menu

 

Conclusões

 

No início deste artigo mencionámos primeiras impressões. Reconhecemos que se trata de uma perspectiva superficial, passível de ser contrariada, mas que não deixa de fazer sentido num contexto onde a moeda de troca é a atenção; às vezes a primeira impressão é tudo o que temos.

Isto faz particularmente sentido no mundo dos negócios.

Quando todas as opções competem pela nossa atenção, a diferenciação pode ser eliminatória (e aqui torna-se óbvio que as primeiras impressões ditam a diferença entre sucesso e fracasso).

O mesmo podemos dizer acerca de um restaurante.

É claro que o menu, agindo um pouco como o “vendedor silencioso” mencionado acima, não é o único factor decisivo na hora de escolher tomar uma refeição num estabelecimento; mas pode ajudar a validar, ou até contrariar, expectativas iniciais. O mesmo se poderia dizer sobre um cartão de apresentação profissional.

Posto isto, terão os menus digitais revolucionado o conceito? Não necessariamente; a fórmula, como já vimos, tem-se mantido sempre a mesma desde que os primeiros menus começaram a circular, ainda no século XVIII. Mas é seguro considerarmos que houve um upgrade significativo, com vantagens para restaurantes, clientes e até prestadores de serviços de menus digitais.

Os upgrades são óbvios: facilidade e rapidez de actualização, maior riqueza de conteúdos visuais e possibilidade de rentabilizar o menu como se de uma plataforma digital se tratasse, entre outras. Além disso reduz custos a médio/longo prazo (não é necessário imprimir um menu novo sempre que houver alterações na oferta) e é amigo do ambiente.

Estas vantagens são melhor aproveitadas se os negócios encorajarem os clientes a usar estas aplicações. As taxas de sucesso mais significativas foram registadas em restaurantes com dispositivos dedicados (tablets com uma aplicação de menu digital já instalada). Por outro lado, e em jeito de contraste, os restaurantes que desenvolveram aplicações para os smartphones dos clientes tiveram taxas de utilização inferiores a 10%.

A nossa conclusão: tudo o que exige esforço e compromisso da parte do cliente é um entrave à adopção destas tecnologias. Os principais casos de sucesso têm-se vindo a verificar em estabelecimentos que facilitam a experiência ao cliente.