SMS fez 10 anos
A 3 de Dezembro de 1992 o engenheiro Neil Papworth, da britânica Vodafone, enviou aos seus colegas uma mensagem escrita via telemóvel com o conteúdo “Merry Christmas”. Estava aqui o ante-projecto do que, anos mais tarde, viria a ser conhecido como SMS (Short Message Service) e que nasceu por mero acaso. É que quando o sistema de rede móvel GSM foi concebido, foi previsto um espaço para transferência de dados por cada terminal.
No entanto, os fabricantes, e muito menos os operadores, ponderaram a possibilidade de usar essa capacidade tecnológica para a implementação de outros serviços que poderiam ser úteis aos clientes, contrariamente ao que acontece hoje. Aliás, a possibilidade de explorar serviços não foi considerada prioritária pois não se sabia, ao certo, como poderia esse nicho de mercado ser explorado comercialmente.
Só para se ter a noção da importância do serviço de SMS`s na contabilidade mensal dos operadores, até há quatro anos atrás, quem queria usufruir das mensagens escritas teria que configurar o sistema por conta própria ou com a ajuda das linhas de apoio ao cliente. Hoje, qualquer aparelho comprado nas lojas ou agentes autorizados das empresas de comunicações móveis vem pronto a usar.
Mas foram os operadores a perceber o potencial das SMS`s, que só a partir de 1999 é que explodiu como sucesso nas comunicações móveis, muito embora alguns deles tenham tido problemas técnicos na fase inicial do “boom” com os cartões recarregáveis, precisamente a faixa de clientes que mais “abusa” do serviço. Começaram a surgir portais na internet que prestavam o serviço de envio de SMS`s de forma gratuita, mas os operadores colocaram um ponto final na questão. Afinal, o objectivo era tornar o serviço uma mais-valia lucrativa.
O sucesso do SMS foi uma verdadeira revolução no sector das telecomunicações móveis, e foi a Nokia que melhor soube aproveitar a maré com o seu software friendly user e com ferramentas que facilitam e melhoram a rapidez da escrita de mensagens. Aliás, o serviço SMS ficou para o sector como um verdadeiro farol: não só de aviso à navegação como de exemplo para tudo o que as comunicações móveis possam desejar de futuros serviços.