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Sobre os problemas do Samsung Galaxy Note 7

O problema não é o Samsung Galaxy Note 7 que explode; é o Samsung Galaxy Note 7 que poderá explodir.

 

Não sei se chamaria ao Samsung Galaxy Note 7 de flop (as vendas iam bem antes do primeiro Samsung Galaxy Note 7 ter explodido), mas a verdade é que o tiro saiu à Samsung pela culatra – o que explicaria o porquê de até à data já terem sido recolhidos 2,5 milhares de exemplares do Note 7.

A medida foi, e muito bem, encorajada pela empresa – é preferível trocar do que correr um risco potencialmente fatal. É como se costuma dizer: “não vá o diabo tecê-las“.

Mas até aí a Samsung entrou com o pé esquerdo. Na Coreia do Sul, de onde é originária, houve queixas em relação aos próprios telemóveis de substituição – alguns porque sobreaquecem em demasia, outros porque perdem autonomia com grande rapidez (mesmo quando estão a ser carregados).

 

Mas podia ter sido ainda pior.

O The Telegraph fez referência a um homem que diz ter visto o seu Samsung Galaxy Note 7 explodir dentro do seu automóvel – o resultado foi um veículo em chamadas.

Também não é possível especificar o número preciso de casos reportados directamente à empresa nem o número de queixas em cada país. Em declarações ao Wall Street Journal um executivo da Samsung afastou a hipótese de que os problemas estavam nas baterias, explicando que eram incidentes isolados.

 

O modo como a Samsung escolheu gerir a situação também tem os seus críticos, incluindo Abhimanyu Ghoshal, autor do The Next Web, que diz:

“Parece que a Samsung ainda não aprendeu a sua lição. Claramente existem problemas no Note 7 que precisam de ser analisados em maior detalhe e abordados de forma a vender aparelhos seguros para os consumidores. Em vez de se preocupar em voltar rapidamente às vendas dos seus telemóveis, a empresa deveria retirar o Note 7 das lojas até resolver, definitivamente, os seus problemas de bateria”.

 

O Samsung Galaxy Note 7 volta às lojas internacionais no dia 5 de Outubro (quarta-feira). A data representa o adiamento de uma semana em relação ao prazo originalmente estabelecido, em parte porque ainda há trocas de equipamentos a efectuar.

A Samsung também acredita que a taxa de devolução vai cair assim que o aparelho voltar às lojas e depois de promover uma campanha de marketing a reforçar a sua segurança.

 

Na Europa ainda não há uma data específica para o regresso ás vendas, mas a empresa espera que tudo aconteça ainda antes do fim do quarto trimestre.

A Forbes enumera os danos que esta situação causou à empresa: apesar de ser considerado um dos melhores Android da actualidade, com expectativas de venda superiores em 125% ao ano passado, os analistas dizem que a empresa terá que lutar se quiser que essa percentagem seja de pelo menos 60%.

A verdadeira extensão só será conhecida na íntegra depois das primeiras semanas do regresso às vendas do produto.