SONAECOM com lucros de 41,2 milhões de euros em 2010
A Sonaecom atingiu um Resultado Líquido de 41,2 milhões de euros em 2010, apresentando o seu Resultado Líquido mais elevado de sempre, 7 vezes mais que o registado em 2009 (5,7 milhões).
A empresa foi influenciada pela melhoria do EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), que cresceu 10,4% (194 milhões de euros) e situou-se em 21,1%, mais 2,6% que em 2009. Além disso também beneficiou dos ganhos de eficiência, com os custos operacionais a diminuírem 5,6%.
As Receitas de Clientes no segmento Móvel aumentaram para 466,5 milhões de euros, influenciando o crescimento do Volume de Negócios Consolidado. No entanto, é de salientar que o Volume de Negócios diminuiu 3,0% em relação a 2009, para 920,7 milhões de euros, “devido à desaceleração do programa e-iniciativas, a menores tarifas de terminação móvel e a um declínio nas tarifas reguladas no roaming-in”, de acordo com o comunidado do grupo.
“2010 foi um ano extremamente positivo para a Sonaecom”, de acordo com Ângelo Paupério, CEO da Sonaecom. “Melhorámos muito significativamente a rentabilidade ao mesmo tempo que progredimos decisivamente em todos os vectores determinantes da nossa estratégia”.
O Free Cash Flow registou um aumento para 10,6 milhões de euros (mais 3,1 milhões de euros que em 2009), enquanto que o sector de investimento operacional atingiu os 130,5 milhões de euros (resultados inferiores aos do ano anterior). O Capex Operacional no segmento móvel aumentou 14,3% (mais 11,9 milhões de euros), “procurando assegurar que a Optimus detém a melhor rede integrada de telecomunicações em Portugal”. O mesmo não pode ser referido do Capex Operacional do negócio Fixo, que diminuiu 46,4%.
No final de 2010, a Dívida Líquida Consolidada ascendeu aos 288,8 milhões de euros, inferior a 2009 em 9,7 milhões de euros.Em termos da evolução dos principais indicadores financeiros, a Dívida Líquida face ao EBITDA atingiu os 1,5x em 2010, reflectindo uma melhoria de 0,2x face ao final de 2009.
Para Ângelo Paupério, as perspectivas resultam numa “redobrada confiança no nosso modelo de negócio e na sua sustentabilidade pelo que acreditamos estarem reunidas as condições para iniciar uma prática, que pretendemos recorrente, de remuneração dos nossos accionistas que encontra fundamento na evolução vivida, na qualidade da equipa de profissionais da Sonaecom, na solidez do nosso balanço, na confiança na estratégia que delineamos e no potencial e relevância dos sectores em que actuamos. Neste sentido, o Conselho de Administração irá propor na próxima Assembleia Geral a distribuição de um dividendo ilíquido de 5 cêntimos por acção.”
Sobre as perspectivas para 2011, o CEO acrescenta que “encerra enormes desafios e oportunidades que estamos preparados para enfrentar. Temos consciência da importância das telecomunicações para o desenvolvimento da sociedade e esperamos que todos, em especial o Regulador e o Governo, saibam interpretar as suas responsabilidades, em particular no que respeita à gestão do espectro radioeléctrico, e sejam coerentes com a vontade declarada de assegurar um sector competitivo, sustentável e na vanguarda do serviço aos consumidores”.
A Sonaecom também aumentou o emprego directo em 2,2%, para 2.057 colaboradores.