A posição do governo finlandês está tomada e é conhecida: os 53% que o estado detém na operadora de telecomunicações vai permancer inalterável. A explicação foi dada pelo próprio ministro das Comunicações da Finlândia, Kimmo Sasi, e prende-se com o facto do sector estar a passar uma fase de um certo alívio, depois de um ano conturbado.
Na verdade, a crise no sector dos semi-condutores deixou muitas empresas de telecomunicações e seus fornecedores na corda bamba. Agora, que os tempos de acalmia parecem ter regressado, resta aos “sobreviventes” ganhar novo fôlego para outros vôos e outros desafios já conhecidos (como é o caso do UMTS).
Kimmo Sasi explicou que a consolidação da indústria europeia de telecomunicações tem sido mantida em banho-maria desde há um ano para cá, depois do “boom” nos investimentos registados no início de 2000. Aliás, devido precisamente a esse sobrendividamento (de onde se destacam as licenças para a 3G), as empresas tentam encontrar, agora, uma maneira de controlar as suas folhas de balanço anual, em vez de procurar parceiros, explicou Sasi.
Foi exactamente o que a Sonera fez ao aliar-se à congénere Telia (Suécia) e contratar o antigo administrador da Ericsson, Harri Koponen, para levar a cabo um projecto de “emagrecimento” da empresa e fazer face às dificuldades que se avistavam.