Sony Cybershot QX-100, também para smartphones
A QX-100 da Sony é uma câmara digital que também pode ser montada e utilizada a partir de smartphones
Sony Cybershot QX-100 – Ao contrário do que inicialmente se pensava, a Sony não lançou lentes fotográficas para smartphones, mas antes uma câmara digital em formato de lente que também alarga a sua compatibilidade a dispositivos móveis. A QX-100 é a gama mais elevada das duas propostas lançadas pela Sony no final de 2013 (a outra é a QX-10), e está disponível no mercado português por 449 euros.
Esta câmara digital é compatível com Android e iOS, e tanto pode ser utilizada de forma autónoma (requer um Memory Stick Micro M2 para armazenar as fotografias), como pode ser montada num smartphone. Para concretizar este último cenário a Sony disponibilizou um suporte físico que permite prender a câmara ao telefone.
Vem equipada com:
• Sensor CMOS Expor R de 20,2 MP
• Lentes Carl Zeiss, F/1.8
• Zoom Óptico de 3,6x
• Memory Stick Micro M2
• MicroUSB
• Estabilização óptica de imagem
Além destas características, a QX-100 também é capaz de gravar vídeos em Full HD (1440 x 1080. 30fps), em formato MP4. No site da Sony também é possível encontrar acessórios complementares, tais como baterias suplementares, uma bolsa maleável de protecção e estojos de acessórios concebidos a pensar nos Sony Xperia Z e Z1.
Usar a QX-100 – Antes de começarmos a utilizar a câmara da Sony e montá-la no nosso smartphone, foi necessário instalar primeiro uma aplicação (Playmemories Mobile, para Android e iOS) que assegurasse a compatibilidade entre ambos os dispositivos. A aplicação é gratuita e requer, da primeira vez que tentamos aceder à QX-100 no smartphone, uma palavra-passe (que vem nos manuais de instrução da câmara). O emparelhamento entre a câmara e o smartphone é feito através de Wi-Fi.
Após esta comunicação o utilizador tem a opção de poder montar a câmara no telefone graças a um suporte físico que a permite prender ao aparelho (este suporte, no entanto, só se permite esticar até um máximo de 9 centímetros, limitando-o apenas a smartphones). Este não é um passo necessário para poder utilizar a QX-100 com o telemóvel, mas consiste numa opção que o utilizador pode querer aplicar para tornar a sua utilização mais prática.
Após estarem emparelhados, todas as fotografias tiradas pela câmara passam automaticamente a ficar armazenadas na memória interna do telefone. A partir do smartphone também podemos controlar opções como o Zoom, ou aceder a opções de controlo e imagem.
Nem tudo é perfeito – O processo de emparelhamento é simples, tal como a própria utilização. Mas detectámos alguns inconvenientes chatos durante a experiência de utilização da Cybershot QX-100.
Por exemplo, quando prestamos mais atenção à câmara digital e ignoramos mais o smartphone, as probabilidades do nosso aparelho mobile activar o seu ecrã de bloqueio são elevadas – o que irá interromper a comunicação entre smartphone e câmara, obrigando a realizar um novo emparelhamento de cada vez que o ecrã bloquear. Este processo não permite tirar fotografias (ou pelo menos armazená-las no telemóvel; no caso de ter um cartão de memória instalado na câmara, pode continuar a utilizar a câmara de forma autónoma).
Também o design do smartphone, ou a disposição dos seus botões físicos (ligar/desligar, volume) poderá ditar o grau de conforto da experiência. Na disposição mais standardizada (onde estes botões estão localizados no lado direito do telemóvel, na parte de cima), somos obrigados a montar a câmara da Sony na parte inferior do aparelho, uma vez que é o único espaço “livre” no telemóvel. De outra forma, devido à pressão que o suporte da câmara exerce para se agarrar ao smartphone, o telemóvel (que tem estes botões localizados no lado direito) praticamente reiniciou-se, ou mexeu nas suas definições de volume.
Conclusões – Fácil de utilizar, a qualidade das fotografias da QX-100 é muito boa. Não sabemos até que ponto esta proposta da Sony poderá fazer sentido para o típico consumidor português, mas acreditamos que os early adopters que tiverem a oportunidade de a utilizar irão ficar surpreendidos pela positiva por este equipamento.
Não criando um novo segmento de mercado (o das “lentes para smartphones”, a Sony optou por reinventar um segmento já existente e aproximá-lo ainda mais do dos dispositivos móveis. O resultado não é perfeito, mas sem dúvida que abre portas para mais inovações futuras com base no conceito.