Skip to main content

Sony Ericsson T300

Fazemos nossas as palavras do poeta acerca de uma conhecida marca de refrigerantes: “Primeiro estranha-se… depois entranha-se”.

Quando o mais recente terminal da Sony Ericsson, o T300, nos chegou à redacção, confessamos que a primeira impressão não foi das mais positivas. O seu design “duro” não nos atraiu à primeira vista, e ficámos com a sensação de que a criatividade tinha faltado aos criadores do telefone. 20 minutos (ainda com ele a carregar)  já o achávamos mais bonito…

O Sony Ericsson T300 é um terminal que se poderá incuir no segmento “fashion”, e coloca-se, em termos hierárquicos, entre o T200 e o T600. Embora mais angular do que o T68i, este modelo não nos remete em termos de design para os antigos modelos da Ericsson.

As dimensões (106x48x21 mm) e o peso (101 g) são aceitáveis e tornam-no fácil de manusear e de guardar no bolso. Em termos de autonomia as 300 horas são reais se estiver em stand-by. Mas a mesma desce bastante se estivermos constantemente ao telefone, usarmos os jogos ou então a Communicam MCA-25 opcional.

O display deste T300 é igual àquele utilizado no T68i: 256 cores com 34×28 mm e uma resolução de 101×80 pixels. O ecrã comporta até oito linhas de texto, permitindo visionar mensagens e páginas WAP sem qualquer dificuldade. Em termos de configuração podemos ajustar o contraste e o tamanho dos icones (pequeno, standard e grande). O Telemoveis.com elegeu o standard como sendo o mais equilibrado, mas é daquelas opções que dependerá do gosto do utilizador.

De referir ainda que no modo stand-by (ecrã negro) o relógio digital relevou-se prático, e de fácil visionamento.

Uma das agradáveis surpresas neste novo modelo é a inclusão de um novo tipo de joystick. Com quatro direcções possíveis e ainda a possibilidade de fazer “ok” através da pressão do mesmo, trata-se de um melhoramento muito significativo em relação ao anterior, uma vez que só muito dificilmente ocorrerão erros, nomeadamente o de ser pressionado por engano.

O botão de slide (imagem de marca dos Ericsson) ainda está presente no T300, permitindo ajustar o volume do altifalante e aceder a mais algumas informações sobre o telemóvel (estado do GPRS, etc.)

Menu:

A estrutura do menu não mudou consideravelmente em comparação com o T68i, mas algumas funções foram alteradas. Quando acedemos ao mesmo encontramos 9 ícones, que quando abertos darão acesso às várias funcionalidades do telefone. Cada item tem um número próprio para possibilitar uma navegação mais rápida. Eis os pontos fortes:

Lista Telefónica:

Permite armazenar até cerca de 250 contactos e números na memória do telefone, sendo que por cada nome o utilizador poderá memorizar três números. A cada nome poderá atribuir-se um toque ou mesmo uma imagem, que poderá ser a do destinatário, isto se o possuidor deste telemóvel comprar também a MCA-25. Outra das novidades em relação à lista é a possibilidade de atribuir um número por defeito a cada contacto, ou seja aquele para liga mais.

Mensagens:

Para nós um dos pontos fortes deste telefone. Em termos de SMS, que foi o que mais utilizámos, o T9 é de facto muito bom e permite uma personalização total do diccionário, o que faz com que em pouco estejamos já completamente à vontade com o telefone e consigamos enviar mensagens à velocidade da luz. Mas não se fica por aqui, para além de permitir enviar mensagens para grupos, este telefone possui ainda uma característica interessante: suponhamos que se chega ao final dos 160 caracteres, e ainda se quer escrever alguma coisa. O T300 passa automaticamente para a segunda mensagem sem termos de enviar a primeira e só depois repetirmos o processo. De referir que este terminal suporta ainda EMS, MMS e Mail (POP3). O único MMS que nos enviaram chegou em perfeitas condições.

Entretenimento

Este submenu inclui os jogos (no nosso caso o jogo: Erix), e ainda a possibilidade, entre outras, de escolhermos temas para o visor principal. Aqui temos a opção de escolher os quatros temas disponíveis (as estações do ano) ou ainda utilizar uma das fotos do banco de imangens (cerca de 50) utlizar uma que nos seja enviada por MMS ou que tenhamos tirado com a Communicam.

Organizer:

Essencial para quem tem muita coisa para fazer ao mesmo tempo ou então abusa do queijo, esta agenda permite-lhe programar os seus afazeres semanal e mensalmente. Aqui pode atribuir um ícone especial a um determinado evento (até 20), dependendo do que se trata, o que dará um aspecto agradável e uma mais fácil visualização no calendário.

De referir ainda que o T300 possui dois alarmes: um deles apenas toca uma vez, e o segundo permite ajustes para os vários dias da semana. Os alarmes funcionam mesmo quando o telefone está desligado. Em termos de “tempo”, este modelo inclui ainda contagem decrescente, um stop-watch e uma calculadora.

Conectividade:

O T300 possui GPRS (3+1) e pode ser ainda ligado a um PC através de um cabo específico ou através de IRDA (infra-vermelhos). Tratando-se de um telefone de gama média, este Sony Ericsson não inclui conectividade através de Bluetooth.

Em termos de qualidade sonora, este modelo portou-se à altura dos melhores: os altifalantes são bastante bons, o que significa que mesmo com algum barulho de fundo não tenhamos de berrar para microfone, como se a outra pessoa estivesse do outro lado de uma avenida ou na Austrália. E já que falamos de som, podemos referir que os toques polifónicos de 24 vozes são bons, embora comecem por soar muito baixinho indo posteriormente aumentando de volume.

Duas achegas acerca da construção do telefone: A tecla de slide lateral não mudou em nada, continuando simples e dando azo a que nos esqueçamos que ela existe. A segunda prende-se com a bateria, ou melhor dizendo, com o “desprendimento” da mesma. Basta abanarmos o telefone e ouve-se o chocalhar por esta não estar convinientemente acomodada no telefone. Bastava mais alguns milímetros de largura ou de comprimento

Em termos gerais gostámos do telefone, apesar do seu design ser algo controverso, mas acreditamos que irá acontecer o mesmo aos possíveis interessados que sucedeu connosco. Primeiro julgámos tratar-se de mais um telefone, mas com o uso habituámo-nos a ele e confessamos, tivémos pena de o devolver… uma vez que se trata de um dos primeiros terminais com ecrã a cores e polifonia na gama média, e que se revelou intuitivo, divertido e fácil de usar, daí que este telefone seja daqueles que deverá ser levado em conta, se estiver a pensar mudar de telemóvel.