SonyEricsson 3G: esperar para ver
E dizemos movediço, pelo facto de estar em constante mutação, onde cada modelo de telefone celular surge sempre com um melhoramento em relação à versão anterior, mesmo dentro de um só sistema de rede. “Tecnologicamente nós estamos prontos, mas o principal factor é que o mercado ainda não é suficientemente grande”, explicou Hiromitsu Aikawa, um dos administradores da subsidiária japonesa do referido consórcio.
O mesmo responsável apresentou, mesmo, o caso da NTT DoCoMo, a única empresa a disponibilizar comunicações móveis de terceira geração em todo o mundo, que tinha 69 mil clientes 3G no início de Março e contava com 150 mil no final do primeiro trimestre desta ano. No entanto, a cobertura é ainda muito limitada, pelo que se esta questão não for rapidamente ultrapassada (abrir a rede 3G a outras cidades), o sistema irá estagnar.
A SonyEricsson conta subir as suas vendas de aparelhos em cerca de 10% este ano. Aliás, foi mesmo a própria DoCoMo que incentivou as vendas do primeiro consórcio de telemóveis. Os aparelhos cedidos pela SonyEricsson já representam, exactamente, cerca de 10% do total de aparelhos vendidos pela maior operadora japonesa de telecomunicações móveis.
Isto significa que a entrada na Europa de aparelhos de 3G desta marca deverá ocorrer bem mais tarde do que seria de esperar. Não é que os seus parceiros europeus, como é o caso do gigante finlandês da Nokia, ou dos alemães da Siemens, estejam muito avançados nesta matéria também, mas com o mais que provável arranque do sistema para finais deste ano em alguns países europeus (Reino Unido, Espanha e Alemanha), o mercado fica aberto aos fabricantes asiáticos já devidamente implantados no Velho Continente. Casos como Samsung, LG Electronics e, sobretudo, os japoneses da Matsushita e NEC, podem ter aqui a possibilidade de entrar primeiro.