Telefónica lucra 2,2 mil milhões de euros em 2003
Nos resultados apresentados hoje, a Telefónica destaca o aumento da base de clientes, sobretudo no negócio das comunicações móveis, o aumento da rentabilidade de todas as linhas de negócio e também a melhoria dos resultados não operacionais. O resultado bruto de exploração [EBITDA] aumentou 7,5 por cento, face a 2002, atingindo os 12,602 mil milhões de euros. As receitas operacionais permaneceram praticamente ao nível de 2002, somando 28,399 mil milhões de euros [28,411 mil milhões de eruosd no exercício anterior], devido sobretudo à valorização do euro face ao dólar, mas mostraram uma recuperação progressiva ao longo do exercício. A Telefónica reduziu ainda a divida liquida do grupo em 14,6 por cento, para 19,235 mil milhões de euros. O número de clientes geridos pelas empresas do grupo nos vários países onde opera, incluindo o Brasil, seu segundo maior mercado a seguir a Espanha, atingia os 99 milhões no final de 2003, mais 13 por cento do que em Dezembro de 2002. O principal contributo para os lucros do grupo foi dado pela Telefonica Moviles, que anunciou na semana passada ter registado um resultado liquido de 1,607 mil milhões de euros, depois das perdas de 2002. Recorde-se que no exercício anterior o saneamento das contas do grupo Telefónica por ter desistido das licenças que comprara em muitos países europeus para lançar a terceira geração móvel foi o responsável pelos prejuízos apresentados. Em 2003, a empresa realizou também provisões avultadas, de 1,372 mil milhões de euros, mas desta vez para responder a adesão de 5.489 funcionários a primeira fase do Expediente de Regulação de Emprego (ERE) delineado para o período 2003-2007. Face aos resultados obtidos, a administração da empresa compromete-se a distribuir um dividendo de 0,4 euros por acção no período 2004-2006 e anuncia o lançamento de um plano de recompra de acções no valor mínimo de 4 mil milhões de euros no período de 2003- 2006.