Para esta personalização contribui, em larga escala, as verdadeiras “logomania” e “tocomania” que invadiram o mercado dos telemóveis. E foi de tal maneira avassalador que até os próprios operadores disponibilizaram para os seus clientes toques e imagens nos seus sites na internet.
Um estudo promovido pela Strategy Analytics Global Wireless Practice revelou que, apesar desta prática ser maioritariamente voltada para as camadas mais jovens dos utilizadores de telemóveis, um em cada quatro utilizadores de telemóveis já modificou, nem que fosse por uma vez, o seu toque ou a sua imagem.
É certo que a oferta vem sempre de encontro à procura que existe no mercado, mas muito dificilmente se pode passar ao lado de um fenómeno das telecomunicações como este, assim como é o sucesso das SMS. O estudo revelou ainda que são os suecos, holandeses e os alemães que mais abusam deste tipo de “apêndice celular”. Mas também os franceses e os italianos não lhes ficam muito atrás.
Outra das curiosidades que surgiu neste estudo, é que os clientes de contrato e que têm acesso gratuito a toques e imagens disponibilizados pelos próprios operadores, aproveitam muito menos a benesse que os utilizadores do chamado “pay-as-you-go”. Isto significa que quem tem acesso gratuito a este tipo de personalização usufrui muito menos que aqueles que têm de pagar para receber um toque ou uma imagem diferente.
Isto é explicado, exactamente, pelo facto de serem as camadas mais jovens os grandes adeptos dos toques e imagens. Mas o futuro ainda é incerto. É que as empresas discográficas estão a apertar o cerco dos toques por causa dos direitos de autor. A EMI e a finlandesa Nokia estão a avaliar o potencial do mercado para se pronunciarem sobre o assunto, mas tal como aconteceu com o Napster, será difícil fazer vingar alguma coisa que signifique pagamentos excessivos.