«Os prisioneiros já estavam proibidos de ter um telemóvel. Esta proibição é agora alargada aos guardas, aos visitantes, aos advogados e aos funcionários em geral», declarou Andreas Skulberg, um alto responsável do Ministério da Justiça.
As autoridades estão a preparar uma circular para ser distribuída a todos os estabelecimentos prisionais e que terá efeitos imediatos. A medida, que obriga a qualquer pessoa que entre na cadeia a deixar o seu terminal na portaria, visa impedir os detidos de comunicarem entre si ou com o exterior, através de uma linha que não esteja sob escuta, para planear uma fuga ou um crime ou organizar a distribuição de droga na prisão, explicou aquele responsável.
As autoridades norueguesas estão ainda a ponderar a hipótese de instalar nas prisões equipamentos que detectem telemóveis e sistemas capazes de bloquear as ondas telefónicas. Em paralelo, será dada possibilidade aos advogados de terem acesso a uma linha telefónica não vigiada para proteger a confidencialidade das conversas.
O Ministério da Justiça justifica que foram registados casos de advogados que emprestavam o telemóvel aos detidos para estes pressionarem as testemunhas de um processo. No entanto, não estão para já previstas sanções a juristas, guardas e funcionários que desrespeitem a proibição pois «confiamos neles quanto a respeitar a lei», apontam as autoridades.