Telemóveis e Boas Maneiras: Use, Mas Não Abuse!
Como evitar aquele olhar reprovador que nos mira atentamente quando atendemos o telemóvel? Aquele franzir do nariz, o abanar da cabeça, a expressão gélida que sentimos somente por estarmos a falar, afinal como evitar tudo isto? Estaremos limitados a olhar para todos os lados cada vez que precisamos do utilizar, como se estivéssmos a cometer um crime? Ou simplesmente tornarmo-nos inconscientes e não nos importarmos? A etiqueta a ter no uso dos telemóveis começa a ter uma relevância cada vez maior actualmente, com a generalização do uso deste aparelho. Será suficiente mantê-lo desligado durante o cinema ou a missa, ou a boa educação também implica ter uma outra série de cuidados?
No princípio, os telemóveis eram uma curiosidade que poucos possuiam. Actualmente, encontram-se em todo o lado. Em transportes públicos, restaurantes, na praia ou na rua, o mais normal é que exista alguém a falar ao telefone. Mas isto não significa que a campainha possa estar sempre a tocar em qualquer ocasião. Um estudo realizado nos Estados Unidos pela operadora Nevada Bell Wireless revelou algumas das situações em que as pessoas franzem o nariz aos telemóveis. Segundo o mesmo, mais de 90% dos inquiridos revelou detestar o uso de telemóveis em cinemas, teatros, salas de aula ou funerais. E 86% afirmaram até que se importavam a verem conversas num restaurante à mesa. Por fim, 59% das respostas indicavam que era preferível uma ida ao dentista que estarem num cinema com alguém na sala a conversar ao telemóvel.
Tudo isto pode parecer bom senso, mas existem outras pequenas atenções que demonstram as nossas boas maneiras quando utilizamos um telemóvel. Programar a campainha para tocar o tema do filme “Missão Impossível” ou uma outra melodia qualquer pode ser uma forma original de personalizarmos o nosso telemóvel. Mas não se pode esperar que as pessoas à nossa volta especialmente apreciem a cascata de “beeps “que de repente se instalam, especialmente quando têm do ouvir durante todo o tempo que leva a encontrar o telemóvel na mala. Nem que gostem de ouvir de seguida a voz alta de quem está a falar. Já para não falar de quem atrasa o trânsito só porque está ao telefone e por isso tem de conduzir devagar, o que, para além de ser perigoso e proibido, pode deixar os outros condutores furiosos.
Mesmo estando com pessoas que conheçamos há uma série de pequenos gestos que definem a etiqueta a ter. Como pedir desculpa antes de atender uma chamada e retirar-se para um local afastado. Ou, ao fazer uma chamada, procurar um local silencioso, de forma a que a pessoa que se pretende contactar possa ouvir claramente e não tenha ela que falar alto. E existem todas aquelas funções que nos podem aliviar da ditadura de atender quando alguém nos faz uma chamada. Como as mensagens vocais e a identificação do números das chamadas que recebemos. Isto para além de se poder por o telemóvel a vibrar para não incomodar ninguém com o barulho do toque, ou o envio de mensagens escritas. Por último, os guias de etiqueta indicam uma ideia importante: que os telemóveis não devem governar a nossa vida e que as pessoas com quem estamos normalmente são mais importantes que uma chamada.
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