No entanto, a decisão já foi alvo de alguma polémica, uma vez que o mayor nova-iorquino, Michael Bloomberg, mostrou-se claramente contra a prática desta lei pois, em sua opinião, parece praticamente impossível fazê-la cumprir. Ainda assim, as suas tentativas de fazer vetar a lei foram infrutíferas, dado que a legislação foi aprovada por uma esmagadora maioria pelo governo municipal, numa votação de 38 para 5. “É realmente uma questão de qualidade de vida”, defendeu Phil Reed, vereador e um dos principais apoiantes da lei. “E uma vez que só é aplicável durante as actuações dos artistas, não estamos a pedir nada demais à pessoas”, concluiu.
As pessoas estão autorizadas a fazer e a receber chamadas no intervalo, mas na entrada e nos corredores dos espaços e nunca na sala principal, a do espectáculo propriamente dita. A medida adoptada abrange, igualmente, os pagers e beepers ainda muito usados nos Estados Unidos. Também estes dispositivos estão sob a alçada da nova lei de Nova Iorque.
Bloomberg considerou a lei desnecessária e até os responsáveis do ramo das telecomunicações móveis mostraram o seu descontentamento. “A cidade não pode legislar a cortesia e o bom senso dos cidadãos. Além disso, é tão incomodativo e desagradável estar ao pé de uma pessoa que fala ao telemóvel durante um concerto ou uma actuação como estar ao lado de alguém que passa a noite a tossir ou a comer rebuçados e a fazer barulho com os papéis”, defendeu Thomas Wheeler, presidente da Cellular Telecommunications and Internet Association.
Esta lei excluiu os acontecimentos desportivos, quer ao ar livre quer indoor.