Telemóveis não aumentaram casos de cancro
O resultado da pesquisa, publicado no Jornal de Medicina da Nova Zelândia, foi baseado nos dados recolhidos pelo Registo de Cancro daquele país, entre os anos de 1987 e 1998, com incidência na faixa etária entre os 20 e os 69 anos, a que correponde exactamente o perfil do utilizador de telemóvel, igualmente segundo análises feitas.
O objectivo deste estudo era determinar se tinha havido variação dos valores registados em 1987 sobre as incidências de tumores malignos na cabeça e pescoço dos indivíduos consultados. Houve, por isso, o cuidado de comparar os números nas regiões anatomicamente mais expostas às radiações dos telemóveis durante as chamadas.
Contudo, qualquer um dos gráficos analisados (regiões de alta, média e baixa exposição) não mostrou alterações significativas nos padrões estabelecidos pelos especialistas. Mesmo assim, os autores do estudo (Angus Cook, Alistair Woodward, Neil Pearce e Cara Marshall) deixaram claro que o resultado de uma pesquisa desta natureza está limitado por diversas formas e que são meras leituras de dados estatísticos que não invalidam outros estudos sobre o elevado risco potencial que as radiações possam comportar para a saúde humana.