As incidências mais graves registaram-se nos aparelhos de terapia intensiva, como as máquinas de ventilação artificial ou desfibriladores, das quais depende a vida dos doentes que se mantêm em estado de coma ou precisam da ajuda para respirar. São máquinas que precisam de funcionar sempre na sua máxima eficácia, sem qualquer tipo de interferência.
O estudo demonstrou que, em cada 20 aparelhos submetidos às radiações dos telemóveis, oito sofrem graves interferências. Num dos casos, o aparelho registou variações tão grandes no funcionamento que se estivesse a prestar assistência a um doente necessitado, dependendo do grau de ajuda, poderia mesmo ter causado a morte do paciente.
O perigo de interferência aumenta na proporção do avanço tecnológico do dispositivo, isto é, quanto mais tecnologicamente avançado for o aparelho, mais interferência pode causar. De tal forma que nem os médicos nem os enfermeiros vão poder usar os seus telemóveis em locais a designar pelas administrações dos hospitais. E se o telemóvel é um aparelho que lhes faz falta, mesmo no local de trabalho…