A Finnra (Finish Road Administration) está a desenvolver um projecto já em fase experimental que utiliza a informação enviada pelos telemóveis às respectivas redes, através das estações-base mais próximas, para tentar perceber onde e quando se acumulam mais filas de trânsito, sujeitando os utilizadores das estradas a prolongados tempos de espera.
Esta é a forma mais económica e eficaz de recolher informações importantes e necessárias à análise de formação de congestionamentos de tráfego automóvel, com acompanhamento, caso seja preciso, de minuto a minuto.
Basta, por exemplo, lembrar o serviço FrotaLink, da TMN, que utiliza o mesmo princípio tecnológico quando dá a informação, aos clientes aderentes, da exacta localização de qualquer veículo da sua frota, desde que inserido no programa. Desta forma, e transpondo a aplicação para o projecto-piloto finlandês, as informações recolhidas pelas redes vão servir para avaliar a quantidade de veículos que se juntam num determinado troço, para que possam ser tomadas medidas nesse sentido. Ou avisar os utentes antecipadamente do congestionamento ou desviar mesmo trânsito para percursos alternativos.
Segundo cálculos do ministério finlandês, os custos serão drasticamente reduzidos, uma vez que os aparelhos electrónicos de captação de informações de trânsito são dispendiosos e algo instáveis com as alterações climatéricas severas que se fazem sentir na parte mais oriental da Escandinávia. Além disso, os dados recolhidos pelo telemóveis são precisos e automaticamente contabilizados (não por estimativas) e podem ser enviados informaticamente para os sinais luminosos existentes ao longo das estradas, assim como reencaminhados para as estações de rádio para que possam ser difundidas.
A passagem do projecto-piloto para a programa definitivo poderá custar ao Governo finlandês cerca de sete milhões de euros.
Este sistema poderá ser implementado a curto prazo em todo o país uma vez que a cobertura em termos de comunicações móveis na Finlândia é de 100%, pelo que todas as localidades poderão estar incluídas nos canais de informações de trânsito. Uma ideia que os operadores portugueses podem começar a explorar com Isaltino Morais, o ministro português com a pasta dos Transportes.
