Em «linguagem» de SMS, a palavra texto escreve-se txt; em inglês, os participantes numa manifestação são designados mob; daí nasceram as Txtmobs e um site com o mesmo nome que agrega grupos de interesse. Quando alguém se inscreve num grupo, passa a receber as mensagens respectivas.
O fenómeno nasceu nos EUA e tornou-se conhecido há cerca de um mês, quando as ruas de Nova Iorque se encheram de manifestantes contra o presidente Bush, a propósito da Convenção Nacional Republicana. Através das TxTmobs, os manifestantes conseguiram evitar a polícia, posicionar os seus cartazes da melhor forma para serem captados pelas câmaras de televisão, escolher os melhores percursos através da cidade e até organizar manifestações pontuais dentro da grande manifestação para potenciar o seu impacto junto dos média.
Os resultados superaram as expectativas, como aponta um dos seus criadores, John Henry (pseudónimo), do Instituto para a Autonomia Aplicada, cujo objectivo é «desenvolver tecnologias que sirvam à necessidade social e humana de autodeterminação».
A ideia para o site surgiu pouco antes da convenção democrata, que decorreu em Julho, em Boston. No espaço de um mês, o número de pessoas inscritas passou de 500 para 6 mil.
Gratuito e sem anúncios, o TxTMob é suportado apenas pela carolice dos seus activistas e, por enquanto, o serviço só pode ser usado nos EUA e Canadá, mas «tem havido interesse na Europa, e também gostaríamos de actuar na América do Sul», adianta John Henry, citado pela «Folha de S. Paulo».