Surpreendido por uma «Phoneutria fera» escondida num cacho de bananas que acabara de ser entregue no bar onde trabalha, em Bridgewater, no Somerset (Sul de Inglaterra), há alguns dias, Matthew Stevens, 23 anos, não se preocupou. Quis mesmo apanhar a aranha, que o picou segunda vez, mas depois de a ter fotografado, convencido de que os amigos não acreditariam, sentiu-se desfalecer, enquanto «a mão inchava como uma bola», segundo contou à imprensa local.
O cozinheiro foi então pela primeira vez ao hospital, mas os médicos mandaram- no para casa, pedindo-lhe que «prestasse atenção» à mão e seguisse a evolução do problema. Contudo, não passou muito tempo até que ele desmaiasse em casa e foi a namorada, Cara, de 19 anos, que o levou de novo ao hospital.
Surpreendidos, os médicos só conseguiram dar com o tratamento adequado depois da foto do animal ter sido transmitida a especialistas do jardim zoológico de Bristol (Sudoeste), que nela reconheceram a aranha mais venenosa do mundo.
Munida de glândulas venenosas de 10 milímetros de comprimento, a aranha – que pode matar 225 ratos com o seu veneno – provocou 14 mortes desde 1926. Ainda assim, ninguém morre da picada de «Phoneutria fera» desde 1996 e da descoberta de um antídoto por investigadores brasileiros.
