Toques e imagens caem em desgraça
Apesar deste segmento de mercado ainda significar cerca de 39% das receitas dos operadores – num total de 1,5 mil milhões de euros em serviços para comunicações móveis, estes downloads atinge os 625 milhões -, este número terá tendência a cair de tal forma em apenas dois anos, que leva a empresa de consultoria a acreditar que em 2005, estes mesmos serviços de download poderão representar, apenas 2,7% das receitas.
E para isso poderão estar a contribuir as novas tecnologias implementadas no mercado, como é o caso concreto do MMS. O que poderá travar a generalização do fenómeno será a situação daqueles onde este tipo de serviços começa, só agora, a dar os primeiros frutos de uma árvore que já se sabe está a ficar velha e gasta.
Aliás, o segredo do sucesso de qualquer nova tecnologia a ser implementada nas comunicações móveis estará sempre dependente do papel que os fornecedores de conteúdos desempenham no desenvolvimento do respectivo mercado. Sabe-se, por experiência própria, porque razão falhou o WAP e isso pode constituir uma enorme vantagem a todas as partes interessadas em que os futuros negócios dêem certo.
Segundo a Strand Consults, os pré-requisitos para ser atingido um crescimento de mercado substancial estão devidamente assinalados nas conclusões do estudo por eles levado a cabo, intitulado “Como fazer dinheiro nos serviços móveis”. Um estudo que parece traçar o cenário realista sobre o actual e o futuro mercado de serviços nas comunicações móveis. Apesar de ainda não se encontrarem todos os tipos de serviços definidos (a incerteza da terceira geração também não ajuda…), o Strand Consults acredita que há tanto capital por explorar nesta área que terão de ser os operadores e os fornecedores de conteúdos a conseguirem, juntos, vencer os desafios de futuro.
Para trás parece ficar a mina de ouro que foram os toques e as imagens, mas que não poderão ser esquecidos e, muito menos, dissociados deste processo. Foram eles que abriram novas perspectivas aos operadores, bem como aos fornecedores de conteúdos.