Bernd Eylert afirmou-o, mas para muita gente poderá não ser novidade: o UMTS será um negócio de investimento a longo-prazo, tendo em conta a nítida curva descendente das economias mundiais. Além disso, acrescentem-se os adiamentos no lançamento comercial da videotelefonia, que tantas dores de cabeça têm dado aos operadores.
Aliás, o presidente do Forum UMTS explicou que foi, precisamente, sobre as companhias de telecomunicações móveis que se debruçaram os primeiros estudos, já que as receitas de toda a indústria dependem dos seus resultados. É, um pouco, como a imagem da locomotiva a puxar todas as outras carruagens.
Por mais absurdo que possa parecer, a estimativa das receitas acumuladas de todo o sector 3G para a próxima década aponta para um milhão de biliões de dólares, se for possível imaginar semelhante cifra. Mais realista, o responsável máximo do Forum considera que o cálculo desta previsão foi feito de forma “retraída”, estando mais nivelado pelo “chão” do que pelo “tecto”!
A previsão é que um em cada três clientes de redes móveis será UMTS, embora haja alguns analistas do sector que apontam para um em cada dois, já em 2008. Mas Eylert recusa tais previsões, até porque a curva ascendente das receitas será demasiado lenta e só em 2005 é que será registado o primeiro pico significativo no número de clientes. Isto porque, basicamente, até lá, a implementação da terceira geração no resto do mundo será um processo contínuo.
