Uma desilusão chamada GPRS
O sistema de comunicações móveis que fará a ponte entre o GSM e o UMTS poderá não ser, financeiramente falando, aquilo que os operadores estejam à espera que seja. O GPRS, ou a chamada “geração 2,5”, não vai corresponder às ansiedades dos actuais clientes de telecomunicações móveis, apesar das suas capacidades conseguirem ir bem mais além que as actuais de GSM.
Quem o confirma é o Gartner Institute e o seu último estudo sobre o General Packet Radio Service. Ao que os responsáveis do Gartner conseguiram apurar, as expectativas dos maiores operadores mundiais, em termos de receitas para o GPRS, situam-se na casa dos 2,5 mil milhões de dólares. Na melhor das hipóteses, esses números poderão ficar pelos 50 por cento.
Sem novos serviços, o GPRS vai trazer apenas melhorias a serviços como as SMS (Short Message Service) e o WAP (Wireless Access Protocol). “A 2,5G não será utilizada de forma corrente para aplicações que exigem um volume de dados importante, já que existem soluções menos dispendiosas”, indicou Bill Clark, analista do instituto.
A grande bóia de salvação dos operadores poderão ser as tão famosas MMS (mensagens multimédia), mas até esse produto será direccionado para uma faixa muito específica de utilizadores, sempre dependentes do seu custo financeiro.