UMTS : Adiar ou não decide-se em setembro
A decisão sobre o adiamento do início da oferta comercial dos telefones celulares com tecnologia UMTS só será conhecida no final de Setembro ou início de Outubro. O Instituto das Comunicações de Portugal (ICP) pediu aos fabricantes para, até 14 de Setembro, disponibilizarem informação sobre as datas esperadas para o fornecimento de equipamentos para a terceira geração móvel (UMTS) em quantidades mínimas que permitam a oferta comercial do serviço. Os atrasos no fornecimento de equipamentos terminais (telefones celulares) e as dificuldades de estabilização do “software” de rede estiveram na origem do pedido feito pelos operadores para o adiamento da data prevista – 01 de janeiro de 2001 – para o lançamento do serviço. Estes atrasos foram confirmados por fornecedores contactados pela Agência Lusa, enquanto o ICP diz que “só depois dos operadores entregarem a fundamentação que considere os pressupostos económicos, técnicos e de mercado” e das respostas dos fabricantes será tomada uma decisão sobre se há adiamento e para quando. “Embora o problema principal se coloque em relação aos terminais, há atrasos também nas redes”, admitiu Carlos Melo, administrador da Nortel, uma das fornecedoras de redes a três dos quatro operadores licenciados. Nortel diz que “há parcelas no que diz respeito à interoperabilidade entre as diferentes tecnologias usadas que não estão totalmente preenchidas”, mas a questão mais pertinente é que “sem terminais em número suficiente não faz sentido haver uma rede montada e instalada que só pode ser usada daqui a 10 ou 12 meses”. Vários fabricantes de telefones celulares já admitiram que “na data prevista haverá terminais para testes, mas não em número suficiente para uma oferta comercial do serviço”. O UMTS permite a transmissão de dados, voz, vídeo e áudio, em banda larga, a velocidades da ordem dos 2Mbits por segundo, através da rede fixa, móvel e satélite. Os telemóveis de 3/a geração fazem convergir num único aparelho os sistemas de comunicações móveis e a Internet. Portugal possuía 7,2 milhões de clientes do Serviço Móvel Terrestre no final do segundo trimestre do ano, referem dados compilados pelo Instituto das Comunicações de Portugal (ICP). Face a igual período do ano passado, constata-se que dois milhões de novos subscritores aderiram ao serviço. Com isto, Portugal manteve a sua taxa de penetração acima da média da UE, recuperando o lugar perdido para a Irlanda.