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Vêm aí as operadoras virtuais

O presidente da Anacom mostrou-se favorável à criação de operadoras móveis virtuais e está a analisar a respectiva regulamentação.

Na informação veiculada pelo mesmo órgão de comunicação social, Álvaro Dâmaso admitiu que nem sequer vai recorrer à consulta pública sobre a questão das operadoras virtuais, uma vez que não vê a necessidade de tal medida, pelo menos para a regulamentação das chamadas MVNO (Mobile Virtual Netwok Operator).

Aliás, a criação do estatuto de operadora virtual já tinha sido defendido pela Jazztel. Tal estatuto permite a uma empresa gerar tráfego utilizando uma rede de um outro operador. Recorde-se que a operadora móvel virtual de maior sucesso em todo o mundo é a Virgin, do multimilionário britânico Richard Branson, que usa a infra-estrutura da One2One para servir os cerca de 2,5 milhões de clientes que tem e que espera aumentar para os três milhões no final de 2003.

O mercado das operadoras virtuais parece estar em franco crescimento. Segundo um estudo levado a cabo pela empresa de consultoria londrina Ovum, as receitas geradas pelas MVNO em todo o mundo foi de 285 milhões de dólares, estimando que esse número suba para os 13 mil milhões em 2006.

O mais curioso é que, no ano de inauguração da sua rede virtual (1999), a Virgin, para além de angariar um milhão de clientes, tornou-se na operadora que mais crescimento registou em todo o Reino Unido, alcançando o primeiro lugar no ranking de satisfação do cliente e atirando a própria empresa que lhe cede a infra-estrutura, a One2One, para um modesto quarto lugar. Sem ter qualquer experiência no ramo das telecomunicações.