O controlo único permitiria uma maior convergência entre as operações móveis e fixas do grupo Telefónica no Brasil, a exemplo do que já ocorre com outros operadores concorrentes da Vivo.
Actualmente, o grupo Telefónica controla a empresa de telefonia fixa que actua no Estado de São Paulo, uma das maiores do Brasil.
A Vivo é detida a 50% pela Portugal Telecom e a outra metade é da empresa espanhola, que já manifestou interesse em assumir o controlo total.
A OI, uma das concorrentes da Vivo, é controlada pela Telemar, uma das maiores empresas de telefonia fixa, com actuação nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste do Brasil.
Recentemente, a OI lançou uma oferta aos utilizadores brasileiros que inclui serviços móveis, fixos e acesso à Internet, numa única factura.
Outro operador móvel que explora a convergência é a Brasil Telecom GSM, controlada pelo operador de telefonia fixa Brasil Telecom, que actua nas regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil.
Um estudo da corretora Merrill Lynch refere que a Vivo, sob comando único do grupo espanhol, poderia passar a oferecer serviços combinados entre telefonia móvel e fixa, nomeadamente no Estado de São Paulo.
Esta combinação de serviços tornaria a Vivo mais competitiva e melhoraria as margens da empresa.
A Merrill Lynch salienta ainda que o controlo único da Telefónica sobre a Vivo seria positivo para o operador porque melhoraria o processo de tomada de decisões dentro da empresa.
A corretora avança que a Sonae deverá vender a participação da PT na Vivo caso seja vitoriosa na sua OPA, a exemplo do que fez recentemente com as actividades no retalho no Brasil. E o lançamento da OPA em Portugal fez subir as acções da Vivo no Brasil.
