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Vivo quer crescer

Operador aposta em manter rentabilidade.

Francisco Padinha afirmou ao jornal «Gazeta Mercantil» que «crescer só seria fácil, basta subsidiar fortemente» os terminais, o que, porém, é considerado uma estratégia não sustentável a longo prazo.

«Estamos muito perto da saturação do mercado rentável porque dois terços das novas aquisições são ou já foram de operadores concorrentes», salientou o executivo.

Nos últimos doze meses, o número de clientes da Vivo aumentou 24%, passando de 21,9 milhões, em Março de 2004, para 26,9 milhões, a 31 de Março de 2005. E Francisco Padinha realça que o mercado brasileiro de telefonia móvel aumentou, no mesmo período, 42%, com uma acção agressiva por parte dos concorrentes da Vivo.

O resultado foi que a participação no mercado do operador luso-espanhol diminuiu de 55,4% para 49,2% nos últimos doze meses.

A redução da quota de mercado já era esperada e, no contexto da forte concorrência, ficou muito bem posicionada, diz Francisco Padinha.

Apesar da perda de mercado, a margem EBTIDA da empresa atingiu os 37,9% em Março, face a 40,4% em Março de 2004.

O presidente da Vivo salienta que este resultado mostra que a estratégia do operador continuará a ser a obtenção de resultados positivos: «Vamos continuar selectivos na obtenção de novos clientes e rigorosos na eliminação daqueles que não geram receita», afirmou o executivo.

A Vivo é actualmente o maior operador móvel do Hemisfério Sul e o 10º maior do mundo, com actuação directa em 19 Estados brasileiros e em Brasília, e nos restantes através de acordos de roaming.